Muito se discute atualmente sobre a real jornada de trabalho no Brasil. Aumentar a carga de trabalho pode provocar um caos social. Diminuí-la, seria uma ação contrária ao desenvolvimento econômico internacional. Considerado um país em desenvolvimento, o Brasil sempre buscou ao longo do século XX se equiparar as grandes potências capitalistas. Na Era Vargas, por exemplo, as leis trabalhistas foram consolidadas para que o país acompanha-se o contexto internacional. Nesse sentido, o aumento da jornada de trabalho fez-se necessária, já que o “parque industrial brasileiro” ainda estava em processo de formação. Entretanto, é sabido que o aumento da jornada de trabalho já ocasionou diversas revoltas trabalhistas em muitos países. A sociedade brasileira, cada vez mais preocupada com a qualidade de vida, não deixa “brecha” para o aumento dessa carga horária de trabalho. Por outro lado, o Brasil ainda não está preparado para reduzir a sua jornada de trabalho, como fez a França por exemplo, quando diminuiu para 35 horas a semana de trabalho. A realidade brasileira, com uma economia fragilizada e uma cultura bem diferente da francesa, não permite uma mudança brusca como esta. Os dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que indicaram uma redução média para 39, 9 horas no ano de 2015, não condiz com o que se observa na prática. Dessa forma, aumentar ou diminuir a jornada de trabalho no Brasil, é uma questão de bom senso, principalmente do empresariado. É necessário que a mudança seja feita de forma equilibrada, respeitando a qualidade de vida do trabalhador e as necessidades econômicas do país. Por exemplo, o empresário deveria investir na qualificação do seu trabalhador, ou seja, fazer com que ele aumente a produtividade sem ter que obrigatoriamente aumentar ou diminuir a jornada de trabalho.