Ao falarmos sobre trabalho domésticos, estamos nos referindo a por volta de 7 milhões de brasileiros que ocupam tais vagas, sendo 6 milhões preenchidas por mulheres. O assunto levanta diversos temas de conversação como a valorização dessa área e dificuldades enfrentadas por quem as prática, automaticamente somos encaminhados a refletir a repeito dessa profissão. O trabalho doméstico não é atual, antigamente os empregados eram chamados de criados por seus patrões, seus trabalhos eram negociados, cuidavam dos afazeres e recebiam como pagamento uma quantia singela ou as vezes abrigo e comida, não tinham direitos alguma e ainda sim, mesmo com tamanha falta de reconhecimento, era essa a opção de diversos brasileiros, principalmente os que vinham do nordeste sendo sempre maioria. Foi somente em 1972, que a classe de trabalhadores domésticos conquistou a primeira lei, os garantindo de direitos e determinando deveres, ao longo do tempo houveram mudanças a legislação referente ao assunto e em 2015, a PEC das Domésticas entra em vigor, a regulamentação assegura os direitos já estabelecidos e origina novos como o direito de receber FGTS, Seguro Desemprego, salário família, entre outros. Porém, a lei não determina para a sociedade e geral igualdade de classes; milhares de empregados -que em vários casos deixam suas casas, suas famílias e vão em busca de oportunidade- ainda se deparam com a desvalorização do seu trabalho e sofrem com a desigualdade. O que podemos perceber é que tal área merece respeito como qualquer outra profissão, apesar de tanto tempo incluída na sociedade, necessita ser reconhecida; esse processo é um dever dos próprios patrões, para que sejam justos com seus funcionários, é preciso que o Ministério do Trabalho continue olhando por esses cidadãos, que haja um atividades de inclusão social em escolas, pela mídia, para que possamos fortificar a luta por igualdade e que a sociedade nunca se faça refém a nenhuma classe que se mostre acima.