Com o advento da Revolução Industrial, a necessidade de lucro foi maximizada e, para isso, exigiram do trabalhador uma carga horária de mais de 16 horas por dia de trabalho em condições imundas. Mesmo com as Leis Trabalhistas de 1932, no Brasil, e a redução para oito horas de serviço, o cidadão agora enfrenta estresse, cobrança por produtividade e congestionamento no trânsito. Getúlio Vargas, em seu governo provisório, instituiu as Leis Trabalhistas que deram voz e vez a trabalhadores brasileiros, estipulando carga horária, hora extra e salário mínimo. Entretanto, desde que isso ocorreu, já se passaram 84 anos e, durante esse tempo, houve muita mudança. O brasileiro agora lida com congestionamentos e longas horas perdidas no trânsito, o que acarreta estresse, cansaço e fadiga, além de outros males físicos. Esse fato, por sua vez, reflete imediatamente em sua eficiência no trabalho, em que as extensas oito horas se transformam em anos exaustivos. Ademais, como dizia Aristóteles: "O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra". Algumas empresas, tomando a premissa do filósofo grego como estímulo, adotaram políticas de lazer com maior flexibilização das regras no expediente. Os trabalhadores têm acesso a locais para descansar, a músicas, a jogos interativos e até a um animal de estimação. Essa prática reflete diariamente na produtividade do empregado, pois ele se sente mais descontraído e à vontade para realizar a atividade que o é imposta de maneira mais leve e também criativa. Além disso, Ruy Souza, neurologista do Hospital de Boa Vista, em Roraima, afirma que quanto melhor o patrão trata o bem estar mental do colaborador no trabalho, melhor é o aproveitamento desse funcionário. Dessa maneira, a redução da jornada de trabalho trará benefícios ao proletário e ao dono do negócio com aumento do tempo livre, possibilidade de aprimoramento profissional e satisfação pessoal, que afetarão diretamente na produção empresarial.Entretanto, deve haver preparação dos empregadores para não existir aumento das horas extras ou contratações informais advindas dessa diminuição horária. Torna-se evidente, portanto, a necessidade da redução da jornada de trabalho para que o Brasil avance como país emergente. É preciso que o Ministério do Trabalho, por meio de políticas públicas, dê incentivos aos empresários a fim de consolidarem essas alterações no expediente, como já tem sido feita em algumas corporações. É primordial que, após a redução das horas trabalhadas sem redução salarial, o Governo Federal regulamente os Direitos Trabalhistas, adequando-os à realidade dos brasileiros. É imprescindível também, que o Ministério da Educação disponibilize mais cursos profissionalizantes com o objetivo de aprimoramento técnico para os trabalhadores e maior rendimento empresarial em menor tempo.