Muitos foram os movimentos durante a Revolução Industrial em prol dos direitos trabalhistas. No entanto, aproximadamente três séculos depois, o brasileiro enfrenta uma grande luta contra o aumento da jornada de trabalho. Essa problemática está fortemente ligada ao sistema capitalista. As empresas têm que lucrar. Os problemas são um efeito do progresso. O trabalhador se transforma em um mero objeto para o acumulo de vantagens. Todavia, nem mesmo as firmas são favorecidas, já que o operário, exausto, não tem o mesmo rendimento. Segundo a Constituição Federal de 1988 a duração do trabalho no Brasil não pode ser superior a 8 horas diárias e 44 semanais. Entretanto, pensa-se em aumentar a jornada para 48 horas semanais sem acréscimo nos salários. De acordo com organizações de saúde e trabalho, existem riscos para o trabalhador com a ampliação das horas trabalhadas. Assim, o aumento da jornada de trabalho deve agravar alguns problemas preexistentes. O desemprego é um deles. Enquanto grande parte do proletariado trabalhará até a exaustão outra parcela da população continuará na inatividade. Diversos países possuem uma menor carga horária de trabalho. Esses locais apresentaram melhoras significativas na saúde e no rendimento dos trabalhadores. Para que se resolva esse embate, governo, sindicatos e empresas devem entrar em um acordo. A reforma nas leis trabalhistas precisa beneficiar os trabalhadores. Nesse contexto, as horas trabalhadas podem ser diminuídas, de modo que acresçam novas vagas de emprego. O problema é o sistema econômico que ao invés de gerar cargos impõem políticas e leis arbitrárias.