O ex-presidente Getúlio Vargas foi o grande precursor das leis trabalhistas no Brasil, trazendo inúmeros benefícios aos trabalhadores. Em 1988, visando legitimar tais direitos e mais alguns outros, promulgou-se a Constituição Federativa do Brasil tornando via de regra uma jornada máxima de até 44 horas semanais ao trabalhador brasileiro. No entanto, ressalta-se a necessidade de novas reavaliações, tendo em vista a visão e realidade do empregado no país. Num olhar atento para a história é possível averiguar que na época da revolução industrial, as longas jornadas de trabalho sobrecarregavam exaustivamente o proletariado, não é à toa que foi um dos estopins para o desencadeamento do embate. Embora nos dias de hoje a situação tenha tomado rumos um pouco melhores, ainda há empregadores que não sabem avaliar corretamente a carga horária de expediente, proporcionando descontentamento e, por conseguinte, baixo rendimento de seu empregado. A empresa Google é um grande exemplo no pioneirismo de jornadas de trabalho diferenciadas. No recinto da transnacional há áreas de descanso, salão de jogos, tudo isso pensando no bem-estar do funcionário. Uma política justa de escolha das jornadas de trabalho pode gerar benefícios para ambos os lados, pois tanto o trabalhador estará satisfeito com maior tempo livre para família e seus afazeres pessoais, como o empregador o qual obterá mais resultados positivos para as demandas, tendo em vista que seu funcionário prezará por sua vaga na empresa. Por fim, a jornada dos sonhos é aquela que a produção esteja atrelada à qualidade de vida do funcionário. Para que tal fato seja consumado são necessárias maiores discussões em âmbito federal, estadual e municipal. Campanhas, plataformas de discussões e ouvidorias públicas devem ser realizadas com a finalidade de ouvir a voz do povo e seus argumentos. A população por sua vez, deve mobilizar-se para conquistar as efetivas melhoras.