A jornada de trabalho é só a ponta do iceberg A questão da jornada de trabalho em nosso país é polêmica. Empresários querem o aumento; empregados, a redução. O fato é que o tempo é um bem escasso e precioso que temos. Seria viável gastar o pouco que ainda nos pertence para satisfazer as necessidades de outrem? Essa questão tem sido bastante discutida recentemente, pois nossos legisladores fizeram uma proposta de aumento da jornada de trabalho, visando o aumento dos lucros e da economia nacional, porém, isso gerou muita discórdia e revolta por parte dos trabalhadores do Brasil. O motivo é óbvio: Quanto mais tempo gastamos trabalhando, menos tempo temos para nosso lazer e descanso. A constituição de 1988 estipulou um prazo de quarenta e quatro horas semanais de trabalho, visando uma média diária de oito horas, restando ao trabalhador, ainda, oito para seu lazer e outras oito para seu merecido descanso. Aumentar essa jornada desencadearia uma série de consequências ao empregado, tais como: redução de sua produtividade, uma vez que o excesso de atividade laboral causa grande cansaço; perda da qualidade nos serviços prestados, considerando que o aumento de horas fará com que tenha menos tempo de lazer e descanso, aumentando sua fadiga e, certamente, gerando desânimo; aumento de probabilidade para abandonar o regime celetista e recorrer à atividade informal; dentre outras situações. Um bom método para resolver a situação, por exemplo, seria a implantação de programas que ofereçam benefícios aos empregados mais produtivos, mais presenciais, mais dinâmicos, dentre outros, pois sabemos que funcionários motivados tendem a trabalhar mais e melhor, afinal, estariam em maior estado de felicidade. Tentar achar soluções exige uma pesquisa mais profunda do problema e de sua causa, caso contrário, há grandes chances de aumentar sua dimensão ao invés de resolvê-lo.