Título da redação:

A Cultura profissionalmente setorizadora

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 11/08/2016

A Segunda Revolução Industrial foi marcada pelo modo de produção fordista. Prezando pela quantidade, este modelo obrigava os empregados a permanecerem 16 ou mais horas diariamente nas fábricas. Os direitos trabalhistas se quer eram imaginados no período. No Brasil, foi Getúlio Vargas quem consolidou as leis do trabalho, que vigoram até os dias atuais. A alta jornada brasileira vem aumentando não oficialmente, uma vez que o expediente é flexibilizado e há uma grande falha no planejamento da mobilidade urbana, resultando a necessidade da diminuição da carga horária. A desconcentração espacial advinda da globalização aliada à uma CLT muito antiga tem provocado grandes reações. É comum se encontrar técnicos insatisfeitos, abarrotados de serviços em casa e cansados. A jornada de 44 horas semanais tem exaurido o brasileiro, mesmo que não seja dentro de empresas como em 1850. Recentemente o presidente interino Michel Temer propôs uma reforma trabalhistas que buscava negociar férias, aumento da carga horária semanal, décimo terceiro salário e etc. Diante do panorama citado, fica evidente que o país passa por um problema real, que vem atingindo o emocional e a saúde de trabalhadores. Além disso, a vasta disseminação da cultura que segrega alegria de ambiente profissional doutrina gerações sorrateiramente. Na maior parte do mundo é ensinado desde cedo às crianças que o trabalho não pode se sincretizar ao prazer, haja visto que inúmeras escolas utilizam-se de métodos que separam aulas e brincadeiras. Tal método ressalta a notoriedade da mudança que precisa ser feita. Como exemplo, a Holanda tem uma jornada semanal de expediente de 29 horas e ainda assim, tem alto índice de desenvolvimento humano - IDH. Assim, desapercebidamente é feita uma alienação, que impede a formação de profissionais satisfeitos, saudáveis e felizes. Fica claro, portanto, que é pertinente uma discussão que prevê a diminuição da carga horária semanal em função da produtividade esperada. Cabe as escolas elaborarem um código de conduta que procure dinamizar as aulas e torná-las mais divertidas por meio de brincadeiras pedagógicas. Cabe ao Governo realizar uma reforma popular na CLT após discussões que decidam o futuro do proletariado. Ademais, convém também uma parceria estatal com empresas, buscando a curto prazo, realizar um dia semanal de lazer no emprego e a longo prazo, diminuir realmente a carga horária semanal. Com o intuito de não regredirmos aos passos da Segunda Revolução Industrial.