Título da redação:

A criatividade liberta.

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 11/08/2016

Nos anos 1930, Getúlio Vargas estabeleceu a jornada de trabalho em oito horas diárias. Hoje, mais de 80 anos depois, muito se discute a respeito dos benefícios e prejuízos que a redução nessa carga horária traria. Por um lado, os trabalhadores alegam que a diminuição no tempo de labuto resultará em um aumento no número de empregos e maior qualidade de serviço. Sob outra perspectiva, os grandes e pequenos empresários acreditam que a medida elevará os custos de produção e, por consequência, o preço final dos produtos. Diante dessa problemática, cabe tanto aos donos de empresas, quanto ao poder público estabelecerem acordos a respeito do expediente. Diante de tal dilema, pode-se dizer que reduzir o horário de trabalho em detrimento de uma melhor qualidade nos serviços é uma tendência em grandes multinacionais. A opção também seria benéfica ao Brasil, país onde os funcionários sentem-se, grande parte das vezes, explorados. A empresa Google, por exemplo, adota um sistema no qual o trabalhador tem uma rotina trabalhista flexível. Ele chega na hora desejada, cumpre suas obrigações e deixa o serviço quando as terminar. Isso não quer dizer que os empregadores brasileiros devem deixar os funcionários livres para escolher os horários de entrada ou de saída. Entretanto, expõe que menos horas trabalhando, porém com mais qualidade, podem trazer grandes picos de criatividade e produção aos empregados. Apesar dessa clara melhora na qualidade dos serviços, o setor empresarial combate a redução na carga horária dos trabalhadores. Para manter sua opinião firme, ele alega que a mudança elevaria os preços dos produtos, pois mais pessoas precisariam ser contratadas e, com isso, os custos de produção se elevariam. Se por um lado é verdade que o custo de produção cresceria, também não se pode esquecer que haveria mais empregados e, portanto, mais mercado consumidor. Por consequência disso, a inflação cairia. Assim, é possível que os lucros das empresas melhorassem ou não sofressem alteração. A partir dos argumentos apresentados, pode-se afirmar que é papel do Ministério do Trabalho estabelecer diretrizes, através de leis, para adequar a jornada de labuto a uma maior produção. Por sua vez, as empresas também devem contribuir para a correta aplicação dessa legislação. Os empresários devem incentivar alongamentos coletivos antes de começar o expediente, por exemplo. Essa seria uma forma de promover o relaxamento dos contratados, tornando as horas de serviço mais promissoras. As agências de publicidade também têm um papel importante. Propagandas jornalísticas e televisivas que atingem variados tipos de público devem, por meio de alusões às grandes empresas mundiais, como a Google, justificar que se houver menos horas de trabalho, mas o tempo for otimizado, haverá mais ganhos do que perdas para todos. A partir disso, o homem passa a ser não apenas uma máquina, mas sim uma mente sonhadora e produtiva.