Título da redação:

Equilíbrio Aristotélico

Tema de redação: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 04/07/2016

A exclusão de deficientes físicos da sociedade existe desde o princípio da civilização. Sabe-se que, as crianças portadoras de deficiências corpóreas na Esparta eram lançadas de um penhasco quando eram ainda bebês , pois além de não servirem como bons soldados ao exército também não poderiam ser mães de soldados saudáveis. Com isso, surge a problemática do preconceito aos deficientes dessa lógica excludente que persiste intrinsicamente ligada a realidade também de nosso país , seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a exclusão das pessoas com deficiência rompe essa harmonia, haja vista que, embora o estatuto da pessoa com deficiência tenha sido um grande progresso em relação a proteção dos portadores de deficiência, há brechas que permitem a ocorrência dos crimes, como as muitas vítimas que deixam de efetivar a denúncia por serem intimidadas. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate a problemática. Outrossim, destaca-se o preconceito como impulsionador da exclusão dos deficientes físicos da sociedade. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de generalidade, exterioridade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o preconceito ao portador de deficiência física pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, o fortalecimento do pensamento de exclusão ao deficiente, transmitido de geração a geração, funciona como forte base dessa forma de preconceito, agravando o problema no Brasil. Entende-se, portanto, que a continuidade da exclusão do deficiente físico na sociedade nos dias de hoje é fruto da ainda fraca eficácia das leis e da permanência do preconceito como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o governo Federal deve elaborar um plano de implementação de novas delegacias especializadas nessa forma de preconceito, aliada á esfera estadual e municipal do poder, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estímulo à denúncia desses crimes. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país .