Há nos últimos anos a inserção de alunos com deficiência em escolas regulares, com intuito de incluir os mesmos na sociedade. A questão é: Há de fato a inclusão de deficientes na sociedade? Inclusão e igualdade deveriam caminhar de mãos dadas, já que o indivíduo é incluso em um meio. Porém, só incluir um indivíduo com debilitações no meio, não quer dizer que o mesmo será tratado como igual. Nos três primeiros séculos da era cristã, foram iniciados trabalhos voluntários para tratar de pessoas com deficiências variadas, porém, a visão de que as mesmas não eram iguais às pessoas sem debilitações comandava a sociedade: As mesmas igrejas que trabalhavam com assistência social a essas pessoas, não aceitava, em hipótese alguma, que esses fossem sacerdotes da igreja. Hoje, não há muita diferença. Por uma visão preconceituosa, a sociedade não aceita que pessoas debilitadas possam vencer suas barreiras. Ainda cima, a matrícula de deficientes em escolas regulares não é garantia de que haverá a inclusão dessas pessoas na educação. Não há preparo profissional para ensiná-los, de forma com que aprendam igualmente as outras crianças sem deficiências. Ao invés de existir um ensino qualificado, há apenas a exclusão, com atividades separadas do resto da turma ou um auxiliar que cuida do aluno. Sendo assim, os deficientes nunca conseguirão oportunidades de ingressar em um curso superior. Por conseguinte, a preparação de professores nas universidades deve ser feita. O ministério da educação deve intervir na grade curricular dos cursos relacionados à educação, inserindo cursos preparatórios de como educar adequadamente, de forma que os alunos deficientes aprendam os mesmos conteúdos que os alunos habilitados. Já dizia Paulo Freire, grande educador, que não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes. Além disso, a visão preconceituosa de que portadores de deficiências são incapazes de qualquer coisa deve ter fim. Para isso, a propagação por meios midiáticos de exemplos de pessoas deficientes que conseguiram vencer obstáculos deve se expandir. Com isso, a inclusão começa a trabalhar com a igualdade.