Em diversos momentos históricos, os deficientes foram alvos da exclusão e do preconceito social - na Roma Antiga, as crianças deficientes eram lançadas de penhascos, no Nazismo de Adolf Hitler, eram utilizados para experimentos científicos, pelos hebreus eram considerados "castigos divino"- e mesmo com a conquista de diversos direitos ao longo da história, a inclusão dos deficientes ainda não foi alcançada efetivamente, seja devido a falta de estrutura para atende-los ou as práticas de exclusão social, como as que ocorrem no âmbito escolar, tornando-se evidente que ainda há muito a se fazer para que a inclusão desses indivíduos seja alcançada. Sendo 45 milhões dos cidadãos que compõem a população brasileira(IBGE-2010), ultrapassando a população de países como o Chile e a Holanda, as pessoas com deficiência ainda enfrentam diversos percalços no seu dia a dia, no qual esses inviabilizam a sua locomoção e a realização de atividades simples do cotidiano. Isso ocorre devido a grande parte das cidades brasileiras não possuírem uma infraestrutura acessível faltando rampas, semáforos sonoros, faixas de piso guia, calçadas niveladas, entre outros; ferindo a Constituição Federal que garante o exercício da liberdade individual de ir e vir. Este fato inviabiliza a integração do indivíduo com o corpo social, auxiliando o apartamento da maior das minorias mundiais. Ademais, a segregação se faz muito presente no ambiente escolar no qual apenas 1% dos deficientes de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento tem acesso com a educação, segundo a Organização das Nações Unidas(ONU). Essa realidade se faz presente, muitas vezes, devido as dificuldades impostas pelas escolas por preconceito ou por não adequarem sua infraestrutura para receber os portadores de deficiência e evitarem a contratação de tutores qualificados, buscando evitar gastos, além disso, ocorre o preconceito por parte dos pais de outros alunos que são contra essa convivência, coibindo as escolas e impulsionando assim a segregação e a enraização desse modelo de preconceito. Esses fatores em consonância ferem o 26º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que preconiza o acesso a educação como um direito a todos os cidadãos. Torna-se evidente, portanto, que a questão da inserção dos portadores de deficiência é um direito ainda a ser alcançado. Para isso o Ministério das Cidades em conjunto com empresas privadas devem realizar reformas nas ruas e estabelecimentos para que se tornem de fato acessíveis e o Ministério da Educação deve desenvolver palestras para alunos e os profissionais envolvidos sobre a necessidade acolhimento e do respeito para com esses indivíduos, na rede pública e privada de ensino, deve também intensificar a fiscalização das práticas discriminatórias nas escolas além de disponibilizar tutores individuais nas escolas municipais e estaduais para os deficientes que necessitam do acompanhamento individual, para que assim a atual realidade seja alterada, pois, como afirmou Martin Luther King: "Toda hora é hora de fazer o que é certo", e é chegada a hora da inclusão.