Todos são iguais perante a lei. É nessa máxima, presente na Constituição Federal, que a sociedade brasileira se alicerça. Porém, há inúmeros fatores que contribuem para que a inclusão de pessoas com necessidades especiais ainda seja um desafio, dentre eles a ausência de acessibilidade em locais públicos e privados e a discriminação no mercado de trabalho. Combater essas disparidades é dever de todos que almejam uma sociedade justa e igualitária. Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos deficientes é a acessibilidade. Escolas, órgãos públicos, estabelecimentos comerciais, enfim, todos os lugares onde o acesso é público, oferecem desafios para essas pessoas quando não são adaptados. O direito de ir e vir, preservado pela legislação brasileira, acaba cerceado, prejudicando a cidadania e a qualidade de vida dessas pessoas. Assim, a falta de acessibilidade nas ruas, condições irregulares das calçadas e a carência de rampas, tornam-se obstáculos para a inclusão dos deficientes. Além disso, a segregação dos portadores de necessidades especiais é uma realidade no mercado de trabalho. Mesmo após a implantação da lei das cotas para deficientes nas empresas, em 1991, a discriminação para com eles não deixou de existir nos processos seletivos. Isso se dá, em parte, porque os empregadores possuem uma visão errônea de que essas pessoas não possuem capacidade e acabam se tornando somente mais um custo para a empresa. Entretanto, a deficiência não é sinônimo de incapacidade, logo, a ausência de conhecimentos por parte das empresas implica na perpetuação das discriminações. Portanto, considerando-se os argumentos apresentados, verifica-se que a inclusão de pessoas com deficiência continua sendo um desafio no Brasil. Para mudar essa realidade, o Estado deve, através das secretarias especiais para as pessoas com deficiência, fiscalizar os espaços públicos, aplicando punições quando há desrespeito as diretrizes de acessibilidade. As escolas e as empresas devem implementar ações educacionais voltadas para a instrução de pessoas que convivam com deficientes, com o intuito de combater o preconceito e garantir a igualdade de condições para os deficientes. Por fim, cabe a cada cidadão entender que as diferenças apenas trazem diversidade à sociedade, e que as pessoas com deficiência não são melhores ou piores do que qualquer outro cidadão, e por isso, merecem um tratamento igualitário.