De acordo com o naturalista britânico Charles Darwin, não é o mais forte que sobrevive, mas aquele que melhor se adapta às mudanças. No que diz respeito à formação educacional de surdos no Brasil, constata-se a queda do número de matriculados em classes comuns e especiais. Isso se deve às lacunas não preenchidas pelas instituições de ensino, como a falta de estrutura e inadequação profissional. Em primeiro lugar, apesar da existência de uma legislação inclusiva, a educação brasileira, especialmente a pública, não possui os recursos e tecnologias necessárias para lidarem com as alteridades de estudantes portadores de deficiência, como no caso dos surdos. Além disso, muitas ainda não oferecem o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) aos alunos, pois carecem de professores capacitados. Outro aspecto a ser abordado é a desinformação quanto ao tema, pois pouco se discute ao seu respeito, haja vista que as pessoas absorveram uma forma de pensamento que consiste na exclusão social. Exemplo disso é o julgamento de que somente escolas especiais precisam adequarem-se às diferentes habilidades funcionais dos discentes. Por fim, diante dos fatos apresentados, é inegável que apenas a sanção de leis que visam assegurar o ensino de qualidade aos surdos não garante o fim de um preconceito até então despercebido pela sociedade. Logo, a solução para melhorar os índices de deficientes que possuem acesso à educação de qualidade no Brasil deve voltar-se para a propagação dos ideais defendidos pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) pela mídia, de modo a difundir o respeito e conscientização para a sociedade. Ademais, as escolas precisam investir no ensino da LIBRAS e na aproximação aos surdos de forma que possam promover a autonomia e inclusão deles.