A historiografia brasileira está intrinsecamente ligada às desigualdades. Tal fato inclui as diferenças de oportunidades para deficientes, as quais dificultam a inserção dessas pessoas no corpo social. Dessa forma, fatos cotidianos como a conquista de um emprego, o acesso ao estudo ou a prática de um esporte se tornam barreiras sociais quando deveriam promover a igualdade e inclusão. Em primeira análise, é necessário ressaltar que, no mundo atua,l o valor do ser humano está diretamente relacionado ao seu emprego. Contudo, mesmo com tal circunstância, pessoas com deficiência encontram grandes dificuldades para conseguir um trabalho, pois são vítimas de preconceito e do estereótipo de mau rendimento laboral. Esse acontecimento é corroborado, segundo o jornal Folha de São Paulo, pelo fato de 60% das vagas para deficientes estarem desocupadas nas empresas e, mesmo representando uma grande mão de obra disponível, são obrigados a atuar em subempregos, como camelôs, ou permanecerem desempregados. Ademais, reconhecer o valor das diferenças contribui para a evolução de uma sociedade. Nesse sentido, ensinar desde cedo, para as crianças, práticas inclusivas como o uso de libras, a prática de esportes geralmente paralímpicos e o convívio com crianças portadoras de necessidades especiais, se torna fundamental para a construção de uma visão igualitária dos deficientes. Porém, segundo a UNESCO, cerca de 90% das crianças com alguma deficiência não estão matriculadas na rede de ensino. Esse fato dificulta a integração dos mais jovens com a diversidade do mundo e perpetua o preconceito. Baseado em tais fatos é possível perceber a necessidade de ações múltiplas para igualar oportunidades e desfazer estereótipos. Para isso, além de uma macrovisão social acerca do problema, é necessário que empresas nacionais, criem pólos empresariais com acessibilidade garantida, como rampas e elevadores especiais, e contratem trabalhadores baseados em sua qualificação profissional em detrimento do aspecto físico, para que mais pessoas com necessidades especiais tenham acesso a empregos dignos. Bem como escolas, em conjunto com editoras de livros infantis devem inserir, em seus materiais, o uso de libras como uma língua obrigatória, por meio de dvd's educativos e imagens em livros, para que as crianças cresçam com a capacidade de inclusão. Dessa maneira, o sonho de um país mais igualitário, será a realidade de todos os brasileiros.