Título da redação:

De Esparta ao X-Men

Tema de redação: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 23/10/2017

É indubitável que, a exocitose social para com os portadores de deficiência não se trata de invencionismo hodierno. Sob a luz histórica, na cidade de Esparta, Grécia Antiga, era costume eliminar os recém-nascidos classificados com alguma anomalia, justificando-se que esses indivíduos não formariam bons guerreiros. Análogo ao fato, é pautável salientar, que o Brasil do século XXI herdou resquícios da cultura espartana, no que tange a inclusão e tratamento dos deficientes, evidente que, sustentado por pilares como a inacessibilidade e as visões pejorativas, ambos pontos passíveis de discursão. Em primeiro plano, a Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 9050, estabelece regras para construções públicas e privadas, acerca de inclinações de rampas, tamanho de banheiros ou altura de corrimões, imprescindíveis para o bem-estar do deficiente. No entanto, não raro, o cotidiano desta parcela populacional na esfera urbana os impõe desafios, pois há a negligencia do estipulado pela NBR, por parte dos estabelecimentos, concomitante, a subtração do direito social de acessibilidade plena. Assim, não é razoável, que este universo excludente encontre hospedeiro num país tido como “para todos”. De outro lado, ao analisar a personagem professor Charles Xavier, da animação X-Men, o senso comum de incapacidade ou ineficiência de um deficiente são deturpados, visto que, apesar de cadeirante, Xavier é um dos mutantes mais poderosos da trama. Nesse norte, é possível ponderar que justo seria caso a realidade imitasse a ficção, com efeito, a exposição do potencial das pessoas com deficiência desanuvia preconceitos, tal qual, auxilia na oposição do ideário do filósofo Arthur Scopenhauer, quando ele disserta que o homem tende a atribuir sua visão como limite de mundo. Destarte, incluir socialmente, ultrapassa o âmbito legal e se abarca na consciência de cada cidadão. Em síntese, a questão da inclusão social da pessoa com deficiência, no Brasil, apresenta respaldo de atenuação, de forma a diluir o ciclo de desamparo oriundo na idade antiga. Tendo o exposto em vista, cabe ao Ministério Público, fiscalizar o cumprimento da NBR 9050, em caso de inadequação aplicar multas cabíveis, dessa maneira, defender os direitos individuais intransponíveis, entre eles o de acesso à cidade. Bebendo nas águas da mesma fonte, cabe a Secretaria de Educação Estadual, promover ações conscientizavas das diversidades humanas, por meio de palestras com autoridades interdisciplinares, assim, fortalecer a criação de pessoas mais tênues em entender e exaltar as diferenças. Logo, construída a conjugação entre poder público e educação, alcançará o país a excelência em equidade social.