Para Aristóteles, deve se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade. Símile a tal tese, está o atual cenário em que os deficientes encontram se afora, suas delimitações para exercer funções impedem grande parte desses indivíduos de serem ativos na sociedade. Ora, ser deficiente não pode restringir um cidadão de contribuir com seu ciclo social. Nessa perspectiva, o olhar taxado pelo preconceito ainda prevalece sob o universo dos deficientes. Não importa a sua faixa etária, o fenômeno ocorre com todos os grupos, seja com crianças e jovens sujeitos ao bullying ou exclusão por sua condição física, atuando se dentro e fora da conjuntura escolar. Reflexos desse emblema, está na ausência de instituições equipadas para oferecer assistência e acompanhamento a alunos portadores de síndromes- subestimam o direito a educação a essa minoria, por se tratar de um número mínimo de vagas em escolas e universidades destinados ao grupo. Ainda sob esse viés da rejeição, o mercado de trabalho fecha suas portas ou muitas vezes acabam exigindo além do que é necessário a uma vaga. Pelo simples fator de uma mentalidade ainda sim arcaica, ao achar que pessoas debilitadas não conseguem promover com mesmo potencial serviços de pessoas ''normais''. Tal situação ocorre em casos no qual as empresas não se adaptam a realidade do portador deficientes, com os devidos aparatos de acessibilidade, assim esses ficam a margem da sociedade com um sentimento de inferioridade eclodindo sobre os mesmos. O filme Os intocáveis, retrata tal sentimento vivenciado pelo protagonista, um homem rico e tetraplégico que contrata um negro por trata-lo de forma aparentemente normal, esquecendo-se muitas vezes que seu patrão é deficiente. Depreende-se, portanto, um amplio de políticas de igualdade de acordo com o conceito igualitário de Aristóteles. Logo para salutar tal impasse, cabe ao Estado investir em cursos de professores que saibam trabalhar com crianças e jovens deficientes, a fim de que uma harmonia perpetue nesse ambiente, tanto na relação professor e aluno quanto aluno e aluno. Ademais, estimular nos meios de comunicação para que grandes e micros empresas contratem pais e mães de famílias necessitadas de um emprego digno, a fim de que se sintam úteis em seu ciclo afetivo. Somente assim, não se vislumbrará o que Martin Luther King afirmara: ''Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos''!