A discriminação com deficientes físicos e mentais não foi algo que surgiu na sociedade contemporânea, posto que no período clássico grego, em Esparta, as crianças eram verificadas se possuíam alguma espécie de anomalia logo ao nascer. Em caso positivo, eram atiradas em um abismo, garantindo assim a eugenia da civilização espartana, Já na Idade Média, as incapacidades físicas e os sérios problemas mentais eram tidos como castigo divino e seus portadores eram perseguidos pela Igreja Católica. No Brasil, o preconceito com deficientes ainda é grande. Independente de serem menos extremos, ferem os direitos humanos e de cidadão. O descaso com os deficientes físicos deixou de ser notado por muitos. A grande falta de rampas de acesso para cadeirantes em estabelecimentos e até mesmo em calçadas é surpreendente, uma vez que estes possuem o direito de integração e locomoção em ambiente público. Em consequência desta indiferença, os portadores de deficiência locomotora perderam a independência que poderia ser adquirida por eles e até mesmo a segurança ao se deslocar. Ainda que haja uma lei para a inserção de deficientes físicos no mercado de trabalho, ela é ineficaz em empresas privadas. Tendo o lucro como meta, as empresas acabam selecionando os melhores e mais eficientes profissionais do campo e, dado que o estereótipo do deficiente físico é a total incapacidade, ele é rejeitado na maior parte dos empregos ao qual se candidata. Como efeito é promovido a exclusão dessas pessoas da sociedade, mesmo que em alguns dos casos são os melhores aspirantes. Vê-se, pois, que a atual situação dos portadores de deficiência é algo importante a ser melhorado. Em curto prazo é necessário garantir que a justiça brasileira torne eficaz a lei que protege os direitos dos portadores de qualquer deficiência. Já em longo prazo, para assegurar a acessibilidade dessas pessoas no meio urbano, é importante que se torne obrigatório a presença de rampas em calçadas de ambos os lados das ruas e, também, de estabelecimentos. Uma vez feitas essas reformas, tanto na legislação como na cidade, a inserção dos deficientes na sociedade irá tornar-se cada vez mais fácil.