Em teoria, a igualdade social é a premissa fundamental do mundo contemporâneo. Na prática, contudo, ela nem sempre se faz presente e acaba por ocasionar prejuízos aos mais desfavorecidos. Dentre esses, podem ser destacados os deficientes já que, de diversas formas, sofrem com o descaso de grande parte da população e de órgãos governamentais, o que traz à tona a necessidade de se analisar profundamente a questão. Nesse contexto, é importante destacar o preconceito com que os deficientes são comumente tratados. Já durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler exterminava as pessoas que apresentavam alguma deficiência por não considerá-las pertencentes à raça ariana – uma classe de pessoas “perfeitas” em sua errônea concepção – , o que demonstra a antiguidade do problema. Ainda hoje os deficientes são julgados inferiores por grande parcela da sociedade e muitas vezes vistos como coitados e inúteis e por isso é extremamente comum ver pessoas maltratá-los e desrespeitá-los. Grande exemplo disso é o uso indevido de vagas reservadas para deficientes em estacionamentos por pessoas que não possuem deficiência, de maneira indiscriminada. Além disso, é indispensável notabilizar a falta de acessibilidade e de apoio aos portadores de deficiência. Segundo o IBGE, cerca de 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Por isso, foi criado em 2015 o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que visa reparar danos históricos aos afetados. Porém, apesar desse resguardo proporcionado à eles, ainda é possível notar a falta de infraestrutura e suporte aos que precisam, evidenciado nas baixas oportunidades de emprego e nos estabelecimentos públicos e privados pouco acessíveis. Fica clara, portanto, a necessidade de garantir maior inclusão aos deficientes. Em curto prazo, o governo deveria desenvolver campanhas publicitárias para serem veiculadas aos vetores midiáticos, como a TV e a internet, com o objetivo de informar à sociedade os direitos dos deficientes e mostrar que são pessoas capazes e muitas vezes também são exemplos de superação - como é o caso dos atletas paralímpicos. Cabe ao governo, também, aprimorar as leis de amparo aos deficientes, tornando-as mais rígidas e punitivas em caso de descumprimento. Somente dessa forma a igualdade poderá ser ratificada na sociedade.