Título da redação:

As tendências espartanas na contemporaneidade

Tema de redação: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 01/09/2016

Durante a Antiguidade, na cidade-estado de Esparta, a eugenia, em função da grande atividade militar, era uma prática comum; crianças deficientes eram assassinadas, na maior parte dos casos, ou cresciam marginalizadas pela sociedade espartana. Contudo, na contemporaneidade, prega-se a igualdade, sendo essa um dos princípios da constituição brasileira. Todavia, ela não se aplica na prática, haja vista a persistência da desigualdade e segregação desse grupo, privando-os dos seus direitos previstos por lei. Segundo o IBGE, cerca de 24% da população possui algum tipo de deficiência. Nesse contexto, na tentativa de combater a segregação, fez-se necessária a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante os direitos desse grupo e prevê punições para quem o privá-lo desses. Entretanto, mesmo estando em vigor, ainda é possível encontrar ambientes e serviços que não estão devidamente adaptados, dificultando esse processo de inclusão. Ademais, de forma análoga ao que ocorre no atual contexto, "X-men" conta a história de super-heróis que eram excluídos pela sociedade por serem considerados aberrações; se na ficção essa realidade foi revertida pela oferta de oportunidades, no mundo real o preconceito continua a prejudicar os deficientes , mesmo que de forma velada, na baixa oferta de empregos, na falta de acessibilidade e de denúncias dessa realidade, ou até mesmo na carência de reconhecimento e investimento concedidos aos jogos paraolímpicos. Esses atuam como empecilho, promovendo a continuidade do desrespeito aos direitos das pessoas com deficiência. Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que visem reverter esse quadro de segregação.Para tanto, faz-se necessária a ação do Ministério da Justiça, estimulando a população, por meio de propagandas divulgadas na mídia, a denunciar situações de falta de acessibilidade, julgando e punindo devidamente esses casos, formando uma sociedade voltada para a inclusão.Além disso, o Ministério do Esporte também deve intervir, disponibilizando maior verba para para a construção de centros esportivos voltados para pessoas com deficiência, além de estimular a valorização dos jogos paraolímpicos, por meio do acompanhamento televisivo das competições, atuando no combate ao preconceito. Forma-se assim, uma comunidade liberta das amarras das necessidades militares, que diferentemente da espartana, reconhece a cidadania de todos os indivíduos e luta pela inclusão social das minorias.