No filme francês, “Intocáveis”, o protagonista sofre um acidente e fica tetraplégico. Desgostoso da vida contrata um cuidador que passa a incentivá-lo a superar as dificuldades e preconceitos. Fora da ficção, a questão da inclusão de portadores de deficiência na sociedade brasileira é incipiente, visto que enfrentam desafios diários, como discriminação e limitação no convívio social. Nesse contexto, tornam-se necessárias medidas para reverter esse quadro social. Na tradição indígena, as crianças que apresentam anomalias físicas ou mentais são excluídas e abandonadas pela tribo, pois são vistas com um sinal negativo oriundo de um castigo de forças superiores. Contudo, a sociedade brasileira ainda ignora e menospreza os deficientes, que representam cerca de 25% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) . Entretanto, o mais alarmante são os casos de violência, no período de 2014 a 2015, em que 24 mil casos foram registrados só no Estado de São Paulo. Além disso, convém ressaltar que em especial para os deficientes físicos e visuais, a ausência ou precariedade de rampas de acesso a prédios e transportes públicos são alguns dos fatores de descaso que propiciam para a exclusão dessa parcela da população. Ademais, a impossibilidade de transitar facilmente até as instituições de ensino e as discriminações sofridas, influenciam em dados do IBGE, nos quais mais de 60% dos deficientes não completaram o ensino fundamental. Diante do apresentado, torna-se claro, a extrema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. O Governo deverá investir na construção de acessos próprios nas cidades, a fim de minimizar as limitações impostas a eles em seu cotidiano. Outrossim, é essencial que o Ministério da Educação em parceria com escolas promovam palestras e projetos esportivos visando a conscientização da população e integração de jovens portadores de necessidades especiais. Dessa forma, teremos uma sociedade mais justa e segura para todos.