O pensador e político irlandês Edmund Burke afirmou que "um povo que desconhece sua história está fadado a repeti-la"; consoante a premissa de Burke, o contexto social brasileiro persiste com problemas históricos tais como a questão da inclusão de pessoas com deficiência. Em muitas culturas, pessoas deficientes eram vistas como seres sobrenaturais, que veriam ser evitados e até mesmo punidos, sendo comum seu uso em rituais religiosos, bem como o abandono de crianças portadoras de deficiências. Clarice Lispector escreveu que "tudo aquilo que é diferente, causa estranhamento", e esse estranhamento resultou em maior segregação social da classe deficiente, fenômeno que persiste até o século XXI. Segundo dados do IBGE de 2015, estima-se que mais de 20% da população brasileira seja portadora de algum tipo de deficiência, ainda assim, essa parcela populacional enfrenta dificuldades em sua inserção social uma vez que as políticas segregacionistas são superiores as políticas inclusivas. O despreparo público em atender as necessidades especiais desse grupo, principalmente nas áreas da educação e da saúde são os principais agentes da segregação, uma vez que deixam de promover a isonomia entre a população deficiente e a não deficiente. Portanto, se faz necessária a atuação do Governo Federal, por meio do MEC, para promover medidas integrativas como a inserção de matérias como a LIBRAS nas escolas, bem como a adesão de professores com dinâmicas voltadas a educação especial; ademais, cabe também ao Ministério da Saúde, a criação de postos de saúde exclusivamente voltados a atender a população deficiente, garantindo, portanto, maior inclusão social de pessoas com deficiência.