Título da redação:

A inclusão dos "coxas".

Tema de redação: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 19/07/2016

“Ela era bonita, mas coxa”, tal frase, proferida pelo personagem Brás Cubas na obra de Machado de Assis, evidencia um repúdio pela moça que apresenta uma deformidade corporal. Atualmente, a rejeição pelo diferente, exemplificada no livro, ocorre na forma de exclusão dos deficientes. Deve-se, portanto, analisar a situação dessas pessoas no que tange ao espaço escolar e ao meio em que estão inseridas, e, a partir disso, propor um alternativa, caso seja necessário, para melhorar a realidade atual. Primeiramente, pode-se notar que a educação tende a excluir os deficientes. A maioria das escolas, excetuando o C.A. P.E.S e as A.P.A.Es, não são preparada para receber tais tipos de alunos: os professores não têm qualificação ou não existem matérias didáticos que possam atender às necessidades de mudos, cegos, cadeirantes e surdos, por exemplo. Por conseguinte, o direito à instrução que deveria ser, segundo a Constituição, igual para todos é renegado às pessoas que são colocadas à margem da sociedade. Além da segregação no ensino, os deficientes também são excluídos do meio social. Algumas pessoas, mesmo que tentem relevar que eles são “coxos” na aparência e incluí-los nos seus ciclos de amizade, não conseguem, pois não sabem a maneira certa de comunicar-se ou de agir com esses indivíduos. Logo, faz-se necessário criar alternativas para acabar com essa “seleção natural” que desfavorece a população cega e surda -ou seja, aquela que são é somente “bela”- e que toma dela um vida digna. Tal tarefa é difícil, todavia é possível com o auxílio da máquina pública e da população. Em síntese, os deficientes são, na maioria das vezes, alvo de exclusão, tanto nas escolas quanto no ambiente em que vivem. Para reverter tal quadro, é preciso que os setores de extensão das universidades - com investimentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ou de institutos privados - produzam matérias didáticos, aplicativos que auxiliem na comunicação e métodos de ensino para pessoas com necessidades especiais. Após a formulação, os criadores iriam ensinar os professores a maneira certa de usar as ferramentas desenvolvidas. Além disso, a Secretaria dos Direitos dos Deficientes poderia- por intermédio do seu tempo de concessão nos canais de televisão e na internet- veicular propagandas publicitárias que informem sobre as diferentes características das deficiências e estimulem o uso das plataformas desenvolvidas para aumentar a inclusão desses indivíduos. Assim, as ações de rejeição às pessoas excepcionais- “coxas”- ficarão apenas nas páginas dos livro de literatura.