Cada vez mais discutida, a questão da inclusão social aborda a dificuldade encontrada por portadores de deficiência e necessidades especiais ao acesso dos direitos e garantias, previstos no artigo 5° da Constituição Federal. Não apenas, a imagem desses cidadãos é marginalizada e ignorada, processo que condiz com o princípio de coercitividade de Émile Durkheim. Durante séculos a deficiência foi vista como algo degradante e vergonhoso.O ” Holocausto Manicomial”, nome dado ao genocídio ocorrido no maior hospício do Brasil, na cidade de Minas Gerais mostra o pensamento, criado e perpetuado, de que o portador de deficiências não é merecedor de respeito, sendo tratado com certa desumanidade. Apesar de Contar com cerca de 6,2% de cidadãos portadores de alguma disfunção física ou intelectual, o Brasil ainda apresenta um sistema precário de acessibilidade, motora e educacional, onde a falta de simples rampas de acesso, semáforos auditivos e de profissionais (incluindo os educadores) aptos a lidar com tais necessidades inviabiliza a realização de atividades básicas do cotidiano, além de dificultar a inserção dessas pessoas no meio social. Conclui-se assim, que é preciso desconstruir a imagem intolerante que a sociedade tem sobre a diferença, para se garantir uma convivência pautada no respeito. Para tanto o Governo deve trabalhar na melhoria da acessibilidade pública, através da reforma de ruas e calçadas, transportes públicos e sinalização de vias. Alem disso, a mídia, como meio de comunicação e de persuasão pode promover a quebra de preconceitos e expor o problema por meio de propagandas e até da representação de deficientes em filmes e novelas. Desse modo, a inclusão do respeito na sociedade brasileira poderá se tornar uma realidade em breve.