Em uma das cenas do filme "300", baseado na batalhão de Termópilas, é mostrado um cidadão de Esparta jogando um recém nascido em um penhasco, pois esse nascera com deficiência. Também expõe a exclusão sofrida por um corcunda que cresceu a margem da sociedade por conta de sua deficiência, levando-o a trair seu povo. Fora da ficção problemas em relação a inclusão da pessoa com deficiência são uma realidade no Brasil, os quais vão desde preconceito social e falta de emprego à falta de condições adequadas para o deficiente ter uma vida digna.. A exclusão do deficiente não é exclusivo da sociedade contemporânea : durante a Segunda Guerra Mundial houve o extermínio em massa de deficientes, pois para ideologia ariana, nazista, de Hitler, os deficientes não eram perfeitos, não podendo ser arianos e por causa disso deveriam ser exterminados. Voltando para atualidade, a exclusão ainda é grande, de acordo com o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), dos 45 milhões de brasileiros com deficiência, mais da metade sofrem ou já sofreram algum tipo de preconceito. Ademais, conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil, como um país em desenvolvimento, está muito aquém de países do mesmo patamar em relação à acessibilidade, em razão de não oferece condições suficientes no sentido de tornar as cidades , as escolas como também a vida mais acessível para essas pessoas. Contudo, o problema está longe de ser solucionando. Apesar do estatuto da Pessoa com Deficiência recentemente garantir que as escolas não rejeitem ou cobrem a mais dessas pessoas, ele não tem como obrigar que a maioria dos brasileiros mude sua mentalidade preconceituosa a respeito dos deficientes.Além disso, falta uma maior fiscalização em relação ao acesso e ao suporte para esse deficiente trabalhar, como dificuldade no deslocamento, pois faltam veículos que permitam e facilitem a viagem, e obstáculos próprio ambiente de trabalho, como falta de rampas de acesso para o funcionário cadeirante. Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema. O Governo Federal, por intermédio do Ministério da Fazenda, poderia reduzir os impostos das empresas que empregassem mais funcionários deficientes do que o previsto, e que garantissem meios suficientes para esse empregado exercer seu trabalho, a redução seria proporcional ao número de empregados com deficiência. Outra medida seria o Ministério da Educação inserir na lei de diretrizes e bases da Educação Nacional a obrigatoriedade de uma disciplina voltada à inclusão da pessoa com deficiência nos ensinos secundários e médios, submetendo, assim, os professores a ministrarem aulas de como tratar com civilidade o ser humano independente de suas limitações para seus alunos, contribuindo assim para que as crianças de hoje não sejam adultos preconceituosos no futuro, pois como disse o Immanuel Kant " O ser humano é aquilo que a educação faz dele".