A falta do apreço por indivíduos com problemas físicos ou intelectuais se mostra presente na história. Na Alemanha nazista, eram considerados "imperfeitos", e em algumas tribos indígenas, ocorria o infanticídio de recém-nascidos com anomalias por representarem maldições. Desde então, embora a luta pela igualdade social seja crescente e a ciência tenha se desenvolvido, o preconceito permanece. Pessoas com deficiência encontram dificuldades no cotidiano, devido tanto à superstições pela falta de conhecimento das suas circunstâncias quanto à carência da infraestrutura e de leis para garantir os seus direitos. Por milênios existem lendas e mitos interligados às crenças dos povos, que viviam baseados no místico. Com os adventos do Iluminismo, o imaginário foi substituído pela ciência, e a biologia foi uma das áreas apreciadas. Desse modo, foi descoberta a presença e atuação de genes na vida do ser humano, que, ligados às anomalias apresentadas, são somente falhas em processos biológicos. Porém, mesmo tendo estas razões já esclarecidas, a sociedade persiste com o preconceito. Isto se deve à falta de discussão sobre suas diferenças nos institutos de ensino e na mídia, o que acaba causando espanto quando indivíduos, sem algum contato anterior, se deparam com outros, deficientes, podendo ter comportamentos prejudiciais. É importante observar que, devido à falta de conscientização da existência de pessoas com necessidades específicas, há negligência em relação à infraestrutura das cidades para acomodá-los. Faltam melhoras nos ambientes públicos, como rampas, sanitários, assentos, elevadores e textos em braile, e isto dificulta o seu cotidiano, tornando-os, em conjunto com o distanciamento social, marginalizados pela sociedade. Outrossim, algumas empresas e instituições de ensino recusam a presença de indivíduos com deficiência por não terem equipamentos e profissionais adequados para o suporte necessário, o que evidencia a falta de preparação sobressalente da sociedade e da constituição para lidar com essas situações. Diante dos argumentos supracitados, é evidente que a sociedade precisa melhorar a sua recepção à indivíduos que nasceram com ou sofreram incapacitações ao longo de suas vidas. Portanto, seria interessante se empresas midiáticas veiculassem quadrinhos ou animações retratando a realidade da deficiência. Além disso, poderia ser criado um projeto por parte do Ministério das Cidades, junto com as prefeituras municipais, para viabilizar a implantação de mecanismos de acessibilidade no âmbito público e particular. Dessa maneira, portadores de condições especiais seriam respeitados adequadamente e teriam menos preocupações ao lutar contra os seus limites.