O Brasil, como integrante dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborado pela ONU, possui como compromisso a erradicação da fome presenciada no país. No entanto, atua contraproducente ao seu escopo, visto que essa questão recrudesce hodiernamente, devido aos problemas sociais e ambientais que prejudicam a qualidade de vida da população. A priori, é válido a análise da situação educacional brasileira e sua importância para ascensão social. Nesse ínterim, consoante ao revolucionário Nelson Mandela, a educação é um grande motor do desenvolvimento pessoal. Contudo, o atual cenário das escolas recebidas pela população humilde -caracterizada por sucateamentos e insuficiência nos salários de professores- corroboram para evidente desigualdade social e consequentemente na má distribuição de renda. Nesse sentido, tais fatores podem ser exemplificados pelos relatos reais de Carolina Maria, em seu livro “Quarto de despejo”, no qual mostra as dificuldades vivenciadas por ela e sua comunidade que viviam com pouco ou quase nenhum auxílio educacional e social. Com isso, é imperioso a ajuda governamental para que haja alteração dos evidentes motivadores do vigente estado de pobreza no país. Outrossim, é indubitável que o contexto histórico potencializou o problema do combate à fome. A exemplo, o Feudalismo da Idade Média, sistema político e social da antiguidade, que peculiarmente foi marcado pela concentração da posse de terras aos mais ricos. Não obstante, a nação verde-amarela vivenciou mais um caso dos meios que prejudicam a erradicação da fome representado pela Revolução Verde – de 1950- que consistiu no aumento da produtividade de alimentos mas não houve o acompanhamento de sua distribuição. Dessa maneira, lamentavelmente, a característica de ser um país agrário e concentrador de terras, corroboram também para a desigualdade e fome existentes. Portanto, necessita-se de meios que viabilizem a redução da pobreza e da fome existente no nação verde-amarela, haja vista o prejuízo causado à sociedade, principalmente aos mais pobres. Diante do exposto, é imprescindível uma ação conjunta de Estado e sociedade a fim de que haja redução do somatório de fatores que impedem o combate da fome no Brasil. Para tanto, é mister que o Ministério da Agricultura em parceria com as gestões municipais aumentem a distribuição de alimentos para a população mais pobre de modo que garanta sua alimentação por meio de investimentos na tecnologia agrária elaborados pela Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura, aumentando assim a qualidade e distribuição dos produtos destinados a população que convivem com a fome no contemporâneo cenário brasileiro. De maneira análoga, reduzirá esse mau que afeta a vida brasileira. Ademais, merece destaque a participação do Ministério da Educação na garantia de maior qualidade de ensino e com a integração de cursos técnicos e profissionalizantes através de investimentos do Ministério da fazenda, destarte, haverá maiores chances para ascender profissionalmente garantindo alimentação adequada e uma menor desigualdade social. Dessa forma, ter-se-á resultados relevantes a ODS e, sobretudo, a garantia do bem-estar social.