Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores

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Redação enviada em 09/05/2018

Segundo Ariano Suassuna, existem dois “Brasis”: o Real e o oficia, o dos mais pobres e o dos privilegiados, respectivamente. Isso evidencia a disparidade vivida, atualmente, no país. Assim, a fome, um dos principais fatos marcantes da desigualdade no Brasil, tem como motivadores as questões sociais, políticas e econômicas. Além disso, ainda que o país tenha saído do Mapa da Fome, em 2014, é necessário manter as políticas públicas para não agravar a situação da nação. Nesse contexto, o livro “O Quinze” de Rachel de Queiroz, que retrata a seca e a fome no Nordeste em 1915, e o documentário “Garapa” de 2009, que mostra a desnutrição e a também a fome no Nordeste, evidenciam o descaso dos políticos e da sociedade em voltarem a atenção para esses povos financeiramente menos favorecidos. Em detrimento a isto, o Brasil é um dos maiores produtores agrícolas e concentra o domínio da produção à minoria, a elite. Logo, esse fato corrobora com Ariano em que no país há uma divisão dos pobres, desfavorecidos e dos ricos, privilegiados. Dessa maneira, ter políticos que trabalhem para o bem-estar de toda a população, não apenas para a elite, é um fator crucial. Nessa perspectiva, políticas públicas, como o projeto “Fome Zero” de 2003, o “Bolsa Família”, o Programa de cisternas no semiárido e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura familiar, tiraram o Brasil da extrema pobreza e permitiram que em 2014 o pais saísse no Mapa da Fome. No entanto, hodierno, o Governo reduziu os recursos que beneficiam os programas supracitados e aprovou a PEC do Teto que congela os gastos por 20 anos. Dessa forma, agrava-se a questão da fome no país e consequentemente a desigualdade social. Percebe-se, então, que a fome está atrelada a motivadores sociais e administrativos. Portanto, é relevante aumentar os investimentos nas políticas públicas como solução a curto prazo. Outrossim, a longo prazo é indubitável que o governo invista na educação com cursos profissionalizantes para dar oportunidade de trabalho e de mudança social para as gerações futuras.