O debate sobre a fome no Brasil parece algo que já foi resolvido e ultrapassado. Porém, apesar dos grandes avanços sociais, econômicos e tecnológicos no país, a falta de comida ainda é um problema para uma boa parte dos brasileiros. Nesse contexto, deve-se analisar que a má distribuição de renda e a falta de acesso a terras e recursos produtivos contribuem para esse problema perpetuar. A desigualdade social é, sem dúvidas, a principal responsável pela fome no Brasil. Isso porque, segundo o IBGE, cerca de 10% da população brasileira detêm quase toda a renda nacional, enquanto boa parte não têm nem um emprego para garantir o próprio sustento. Em decorrência disso, a injusta distribuição de renda tem causado casos de miséria extrema, onde muitos indivíduos têm enfrentado um dura escassez de alimentos. Além disso, a falta de acesso a terras e recursos naturais também tem contribuído para o problema da fome. Isso ocorre porque, a maioria das pessoas carentes não têm acesso a esses bens, tendo que depender totalmente de outras pessoas para o seu sustendo. Um exemplo, é o livro "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, onde narra a história de uma família que além de enfrentar a rigorosa seca, tem que enfrentar também o fato de não possuir os seus próprios recursos para se alimentarem, passando por momentos de extrema miséria, e apesar da narrativa do livro ser de uma realidade antiga, ela ainda é o reflexo da vida de muitos brasileiros. Assim, fica claro que a fome ainda é um problema sério no Brasil. Em razão disso, o Governo deve acionar uma política de geração de emprego e renda, em que garantam emprego as pessoas, proporcionando assim uma renda que sirva para o sustento família. Ademais, o Ministério da Agricultura deve acelerar o processo de reforma agrária, garantindo terras a população, além de também dá acesso aos recursos produtivos, como água e sementes. Dessa forma, a fome não será mais um problema apenas minimizado, mas sim erradicado do país.