A República Federativa do Brasil constitui em um Estado Democrático de Direito que garante como fundamento básico a dignidade humana. Todavia, a manutenção da fome no Brasil é prejudicial a formação do indivíduo e, consequentemente, do país. Nesse contexto, esse cenário contraria o desejo de atingir o patamar de país desenvolvido, e sua análise é a medida que se impõe. Em primeiro plano, as diretrizes do mercado priorizam o exterior e retiram do Brasil toneladas de alimentos. No século XVIII, Adam Smith- o pai do liberalismo econômico- definiu em sua obra "A riqueza das nações" que a economia é regida pela lei da oferta e procura. Ou seja, os produtos são fabricados conforme a busca do mercado consumidor. Entretanto, devido a grande desigualdade social do nosso país, as classes menos abastardas não são interessantes aos grandes latifundiários que priorizam o lucro em prol do desenvolvimento social do mercado interno do Brasil, e realiza indiretamente a perpetuação da fome. Em segundo lugar, a nutrição inadequada acarreta em um obstáculo na formação educacional do indivíduo. No processo de aprendizagem, a transmissão do impulso nervoso entre os neurônios precisa de Adenosina Trifosfato, adquirida através de carboidratos, aminoácidos e lipídios, para propagar o estímulo. Nesse sentido, a ineficiência do Estado em garantir a alimentação para todos proposta na Carta Magna de 1988 além de ferir o conceito de cidadania vigente, prejudica a área que poderia trazer melhorias ao Brasil: a educação. Urge, portanto, que a persistência da fome é um retrocesso a nação verde-e-amarela. Diante disso, o Legislativo deve criar ações afirmativas a fim de garantir uma porcentagem dos alimentos produzidos pelos latifundiários no Brasil para o mercado interno. Ademais, a sociedade através das redes sociais realizar a divulgação dos preços dos alimentos e impedir sua supervalorização. Dessa forma, torna-se mais plausível o Estado Democrático de Direito.