A fome zero é um dos objetivos globais para o desenvolvimento sustentável, porém o problema persiste e afeta mais de 7 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa insegurança alimentar é causada em sua maioria pelas deficiências na estrutura social e na distribuição de alimentos, além de desperdícios. Ademais, causas, como corrupção e degradação do ambiente não são observadas instantaneamente ao discutir sobre o assunto. As desigualdades sociais, principalmente, de renda é uma das razões que muitos indivíduos não conseguem se alimentar, por não ter dinheiro, logo não tem acesso à comida. Outro motivo são os desperdícios ao longo de toda cadeia produtiva, no armazenamento, distribuição e no consumo final. Para se ter uma ideia o Brasil, segundo World Resources Institute (WRI), desperdiça 41 mil toneladas de alimentos por ano. Outra causa menos óbvia é a corrupção, pois esta desvia recursos financeiros de projetos que realmente precisam do benefício. Um exemplo foi o ocorrido em uma escola de São Paulo que teve corrupção na compra da merenda escolar e deixando muitos alunos sem se alimentar. Isso é um problema pois um indivíduo subnutrido não consegue ter pleno desenvolvimento físico e mental, logo atrapalha seu empenho escolar. Ademais, a degradação do meio ambiente influencia causando maiores mudanças climáticas, essas alterações podem perder toda uma plantação causando prejuízo e em alguns casos deixando o produtor sem recursos. Outrossim, a fome pode afetar a economia do país, porque uma pessoa com insegurança alimentar reduz sua capacidade de trabalho e isso implica em menor produtividade ao país e menor expectativa de vida. Por conseguinte, combater o problema da fome além de ser uma causa humanitária ainda pode trazer benefícios ao país. Para isso é preciso a curto prazo investir em projetos de transferência de recursos para sanar a subnutrição de forma imediata. A médio e longo prazo o Ministério da Agricultura deve fornecer subsídios para os pequenos agricultores, além de incentivar, por meio de menores taxas de impostos, o consumo desses alimentos localmente. Ainda assim, a Embrapa (Agência Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pode criar cursos de capacitação com técnica de cultivo sustentável aos pequenos agricultores.