É notório que no Brasil a fome é um problema que persiste. É inaceitável que um dos maiores países de economia agrícola do mundo sofra com isso. Entretanto, os fatores que motivam essa situação encontram-se ligados não somente a economia brasileira, mas também no seu passado histórico e nas políticas públicas insuficientes para solucionar a problemática. A colonização brasileira iniciada em 1532 teve caráter muito particular, onde a divisção do país em capitanias hereditárias, juntamente com leilões de terras devolutas, concentraram as terras nas mãos dos mais ricos. Com isso, desde seu início, a economia colonial, futura economia brasileira, se viu com a má distribuição de renda, corroborando para a grande diferença social nos dias de hoje. Dessa forma, aqueles que sofrem com a fome têm a origem de suas dificuldades não na escassez de alimentos, mas na impossibilidade de comprá-los. Outro aspecto considerável relacionado ao tema são as políticas sociais como o bolsa família, implantado em 2004 pelo governo do ex-presidente Lula. Contudo, apesar de amenizarem o caso, não solucionam a situação como um todo, uma vez que o problema persiste. Nesse contexto, é importante que o Governo Federal, com o Ministério da Fazenda, com base em dados do IBGE, intensifique o investimento em obras públicas nas regiões mais necessitadas, privilegiando os trabalhadores com menor renda e locais com baixa infraestrutura. Além disso, o incentivo fiscal a empresas que deêm serviços a famílias na faixa social de pobreza, alinhado com maior incentivo a divulgação de campanhas contra a pobreza em todo tipo de rede midiática, contribuirá para que o tema se aproxime cada vez mais de sua real resolução.