A questão da fome no Brasil ainda se mostra presente em pleno século XXI, onde, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 7 milhões de pessoas convivem com a escassez de alimentos. Quais seriam, então, os fatores motivadores para a manutenção desse fenômeno socioeconômico na realidade brasileira? A princípio, a fome está presente em todos os estados brasileiros, entretanto, a região Nordeste é a mais afetada por esse problema, seguida da região Norte. A gravidade do problema citado pode ser demonstrada ao analisar o índice de fome em diversos estados das regiões citadas, como por exemplo, o Maranhão, onde mais de 60% da população passa por dificuldades para se alimentar de maneira adequada. O problema se torna ainda pior ao se analisar o modelo econômico do país, onde a agropecuária compõe grande parte do PIB e é referência mundial de qualidade e quantidade, apesar disso, é voltada para a exportação e não para o abastecimento interno. Além disso, a crise socioeconômica, decorrente de um passado colonial, que reflete a realidade brasileira, a má distribuição econômica e a falta de uma reforma agrária eficiente, se mostram como agravantes dessa situação, onde indivíduos não possuem uma renda mínima para se alimentar, ou não dispõe das terras necessárias para a subsistência alimentícia. A fome e seus motivadores no país são identificados como problemas, que devem ser solucionados com a ajuda do governo federal, por meio de uma reforma agrária que vise a descentralização de latifúndios e possibilite a subsistência de comunidades rurais que passam pela crise da fome. Além disso, incentivos fiscais direcionados à iniciativa privada nessas regiões mais afetadas pela escassez de alimentos pode impulsionar a economia de tais lugares, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos moradores afetados.