Segundo a teoria Malthusiana, a população iria crescer no ritmo de uma progressão geométrica, enquanto que os alimentos cresceriam em forma de uma progressão aritmética, o que viria ocasionar a falta de comida. No Brasil, há um grande número de pessoas com renda econômica baixa e muitas delas vivem desnutridas e com a carência de alimentos. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: as desigualdades sociais e ao modelo fundiário. Em primeiro lugar, nota-se que os contrastes sociais são uma das causas para o problema. Devido à má distribuição de renda, em que o dinheiro está concentrado nas mãos de uma minoria, e os altos preços dos alimentos as pessoas mais humildes acabam tendo uma alimentação restrita, com deficiências alimentares que prejudicam o indivíduo tanto na infância, quanto na vida adulta. E, apesar de existirem programas do governo, que tentam amenizar essa situação, as cidades não possuem infraestrutura para dar acesso à serviços básicos ou até empregos a todos. Em segundo lugar, observa-se que outro fator é a estrutura fundiária. Devido a esse sistema ocorrer de forma concentrada, os alimentos produzidos nos grandes latifúndios, que vão ser exportados, não chegam até a casa das pessoas humildes. Isso faz com que os pequenos agricultores vendam as suas terras e procurem condições de vida melhor nas cidades, mas por não terem em sua maioria um alto índice de escolaridade, acabam morando embaixo de pontes e até mesmo passando fome. Pode-se perceber, portanto, que as diferenças sociais e o sistema fundiário dificultam a erradicação da fome no Brasil. Por isso, é necessário que o governo distribua melhor a renda, visando dar uma quantia maior para os indivíduos mais carentes, além disso, é importante ter uma fiscalização para saber se o dinheiro está sendo repassado de forma correta. É fundamental, que haja uma reorganização quanto à estrutura fundiária com o objetivo de favorecer uma distribuição mais justa das terras.