Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores

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Redação enviada em 14/12/2017

A famosa pintura “os retirantes”, de Cândido Portinari, permanece, ainda hoje, como um retrato da realidade brasileira no aspecto da concentração fundiária e, principalmente, da fome, retratada pela feição de tristeza e corpos esguios dos seres registrados. A insegurança alimentar é fato no Brasil e se deve não somente pela falta de políticas públicas eficientes que amenizem a desigualdade econômica, mas também pelo extremo interesse agroexportador dos latifundiários. Primeiramente, várias são as tentativas ineficientes do governo de erradicar a pobreza. Visivelmente, “Bolsa família”, “Minha casa, minha vida” e outros estão fadados a desestabilizar a economia do Estado sem afetar profundamente as famílias brasileiras em logo prazo para que elas consigam seu próprio alimento, criando um ciclo de dependência que não as tira da pobreza, de fato. Essa dependência, como é possível reparar, não gera a independência nem a segurança financeira das famílias, permanecendo o medo constante da fome. Em segundo lugar, a concentração de terras e os latifúndios são causas importantes da fome no Brasil. Essas grandes áreas de plantio são utilizadas para agroexportação, não para consumo interno, como faz a agricultura familiar dos pequenos proprietários. Nitidamente, o problema está no fato de que muitos agricultores detêm as menores áreas para plantar, enquanto pouquíssimos detêm as maiores. Logo, essa disparidade apresenta a exportação de produtos agrícolas superior à distribuição interna, o que gera falta de alimentos ou preços elevados para consumo pela massa populacional. É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. O Governo Federal e o MEC devem direcionar investimentos mais eficazes em escolas públicas, que são “o grande motor do desenvolvimento pessoal”, como disse Mandela, a partir dos impostos arrecadados, para que os estudantes possam progredir intelectualmente e alcançar o mercado de trabalho, gradativamente mais competitivo, diminuindo a desigualdade. Concomitantemente, faz-se necessária a reforma agrária por parte do Estado, devendo ONGs e, principalmente, o MST cobrá-la a partir de protestos e pressão popular.