O historiador Yuval Harari, em seu livro Sapiens, aponta que ancestrais humanos pré-históricos pouco sofriam com a fome, enquanto hoje, no Brasil, parte da população sofre com esse problema arcaico. A má distribuição de renda e o próprio desemprego fez da população brasileira, uma sociedade civilizada, mais carente que os ancestrais caçadores-coletores. O demógrafo Thomas Malthus há dois séculos propôs a teoria de que o futuro da população estava fadado à fome, uma vez que, segundo ele, a população aumenta de forma geométrica enquanto a produção de alimentos de forma aritmética. Hoje sabemos que seu cálculo estava errado, já que os humanos produzem, hoje, mais alimentos que o necessário para a sobrevivência. É possível, assim, notar que a distribuição de renda no Brasil e no mundo é ignóbil, sendo uma das principais causas do problema. Um estudo recente mostra que apenas um por cento da população mundial detem noventa e nove por cento do dinheiro. Ademais, o problema ainda mais agravante é a alta taxa de desemprego que assola a sociedade brasileira. Isso faz com que esses desempregados estejam à mercê do capitalismo impiedoso, sujeitando à fome aqueles que carecem de frívolos pedaços de papel ou de metal, no caso do dinheiro. Destarte, cabe ao Estado o dever de criar empregos por meio de parcerias público-privadas em lugares onde há grande incidência de famílias carentes. Juntamente, o Governo Federal deve aumentar o salário mínimo de forma com que a desigualdade social se torne mais tênue e que a sociedade tenha condição de sanar uma das mais básicas necessidades fisiológicas, a necessidade de alimentação.