O Brasil é conhecido pela sua vasta extensão territorial e clima tropical que contribuem amplamente para o sucesso das grandes lavouras e da exportação de alimentos, que cresceu cerca de 67% nos últimos 12 anos , todavia quando analisamos de perto a situação da população encontramos dados alarmantes , segundo o senso do IBGE aproximadamente 7 milhões de pessoas convivem com a fome diariamente no Brasil e que , em 2,1 milhões de domicílios ao menos uma pessoa passa o dia todo sem comer pela falta de dinheiro , a fome atinge principalmente a região Norte e Nordeste do país. Esses índices fazem emergir o grande monstro social denominado desigualdade, que dentre muitos outros é um dos fatores motivadores da fome, já que leva a má distribuição de renda, aonde muitos gastam de modo excessivo com coisas fúteis e outro não tem dinheiro sequer para suprir suas necessidades básicas como comer , outro fator evidente é o desperdício de alimento ,segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, cerca de 40% dos alimentos é desperdiçado desde a colheita até o consumidor ,os fatores climáticos também contribuem , porém de modo menos significativos, uma vez que desastres ocorrem esporadicamente, sendo assim fica subentendido que o grande problema não é a falta de alimento e sim sua má distribuição em conjunto com o déficit monetário da população . Existem muitas ONGs que buscam auxiliar as famílias com a distribuição de cestas básicas, porém elas dependem de doações, o governo também criou maneiras de auxiliar a população com baixa renda como o programa bom prato que oferece refeições a baixo custo, mas que apresenta apenas 52 unidades. As medidas citadas são apenas paliativas, este grave problema necessita que todos os órgãos governamentais trabalhem em conjunto , para a geração de mais empregos garantindo uma renda a toda população , o que facilitaria na compra de alimento , é necessário que ocorra também um planejamento mais eficaz para a distribuição de alimento , uma vez que a grande preocupação tem sido a exportação e o lucro oriundo dela e não a alimentação da população local , o combate ao desperdício também deve ser incentivado já que não se trata apenas de uma questão financeira ou ética e sim social.