Conforme a carta de Pero Vaz de Caminha de 1500, o Brasil era como um país cheio de terras, águas e natureza, o qual poderia acolher a todos. No entanto, com o decorrer do tempo essa descrição já não pôde mais ser mais utilizada, uma vez que o território brasileiro já foi muito desmatado, poluído e lida com grandes problemas de concentração fundiária. Atualmente, essa nação que era conhecida por suas riquezas, sofre com a questão da fome e seus diversos motivos. Todavia, essa realidade precisa ser transformada, garantindo uma maior qualidade de vida aos indivíduos. Em primeiro plano, é importante destacar que uma das bases da economia brasileira é a exportação de produtos da agropecuária, ou seja, um país que apresenta um cenário ideal para a alimentação, mesmo perante alguns desastres naturais que acarretam alguns prejuízos. Entretanto, os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corroboram essa perspectiva, pois apontam que mais de 7 milhões de pessoas se expõem a fome no Brasil. Portanto, essa dicotomia é reflexo da desigualdade social, visto que poucos usufruem do excesso e a maioria vive na miséria, situação que leva ao desperdício ou a falta de alimentos. A Revolução Francesa revela o momento histórico que os franceses viviam, no qual encontrava-se uma sociedade estamental, na qual o povo pagava grandes impostos e vivia na escassez. Esse acontecimento se aproxima muito dos dias atuais de crise no Brasil, dado que a população se encontra nas mesas circunstâncias. Porém, o problema é que o presente era para estar mais desenvolvido do que o passado, mas ao contrário disso gradativamente as pessoas se tornam cada vez mais egoístas e competitivas, graças ao capitalismo. Perante tais fatos, a diferença social aumenta, exigindo cada vez mais dos indivíduos, e como todos não possuem as mesmas oportunidades, muitos ficam a margem da sociedade, convivendo com a fome, a violência, os crimes e outros problemas sociais. Em suma, a fome brasileira precisa ser combatida, para isso urge a necessidade de atitudes estatais e sociais. O Governo Federal precisa garantir uma igualdade a todos, em conformidade com a Constituição, oferecendo melhores oportunidades de estudo e trabalho, além de criar e continuar com programas que visam reduzir a miséria, como o Fome Zero, por meio do maior repasse de verbas. Ademais, as empresas alimentícias devem buscar o bem comum e não apenas o lucro, oferecendo produtos com maiores qualidades e de preços mais acessíveis. Ainda tem de haver a conscientização da sociedade, que pode ser feita pela mídia e campanhas, a fim de minimizar o consumismo, fazendo o excesso abastecer a falta. Somente, com o trabalho unificado da gestão governamental e do povo será possível alcançar uma comunidade mais altruísta, igualitária e com menos problemas.