Apesar do Brasil ser um país continental com a economia baseada na agricultura, principalmente, na produção de grãos, ainda assim, há milhares de lares brasileiros com algum tipo de restrição alimentar, seja por baixa renda per capita familiar ou por oneração do custo dos alimentos devido ao desperdício. Então, como amenizar esse contraste? A baixa renda per capita da maioria dos lares brasileiros é a principal causa da baixa qualidade alimentar. Estima-se que famílias que ganham entre um e dois salários mínimos não consigam ter acesso a alimentos de qualidade nutritiva adequada, de acordo com os órgãos de saúde, por exemplo, alimentos como o ovo, conservas e macarrão instantâneo são os mais consumidos durante quase todo o mês. Além do mais, nem sempre com essa faixa salarial consegue-se fazer três refeições por dia. Se considerarmos o que diz nas estatísticas que 60% da população brasileira vive com menos de um salario mínimo e com o elevado preço dos alimentos, constata-se que a baixa renda é um fator determinante para a fome. Apesar dos esforços do Governo como a criação de restaurantes populares, canais de comercialização alternativo, varejões, feira livres, sacolões, feira do produtor que fornecem alimentos de qualidade de baixo custo. Toda via, essas medidas ainda não são suficientes porque segundo o IBGE, em pesquisas feitas no ano de 2014, constatou que 13 milhões de brasileiros passam fome, ou seja, essas pessoas estão sendo privadas do seu direito inato de ter uma boa alimentação. Outro aspecto, é que o Brasil sendo um dos maiores produtores de grãos do mundo e ,ainda assim, muitos lares brasileiros passam por restrições alimentares graves como passar o dia inteiro sem comer nada. E isso, tem impacto social, econômico e ambiental na sociedade como gastos de recursos naturais esgotáveis, dinheiro e trabalho. Segundo o Instituto de Mudanças climáticas Mundial, o Brasil desperdiça 41 mil toneladas de alimentos anualmente. Portanto o desperdício de alimentos é um fator relevante na questão da fome no Brasil. Entretanto, com uma boa gestão público-privada, poderia-se aproveitar mais a produção, otimizar o manuseio, armazenagem e sobras de alimentos, e assim, serem distribuídos e/ou chegar mais baratos à mesa das famílias mais carentes. Visto o texto, cabe ao Estado por meio do Ministério da Agricultura, implantar novas tecnologias de manejo em toda a cadeia produtiva de alimentos. Uma maneira seria os técnicos do Governo fazerem palestras, seminários, cursos em feiras agropecuárias e nas propriedades rurais para dar-lhes dicas, por exemplo, como colocar as hortaliças na sombra assim que forem colhidas, juntamente, manuseando o mínimo possível o produto afim de evitar que sejam machucados. Assim, previne-se o descarte precoce e com isso, elevando o lucro do produtor sem onerar o preço ao consumidor, o que é o objetivo do projeto. Outra iniciativa seria das prefeituras por meio da secretaria de Ação Social em parceria com donos de restaurantes, feirantes, donos de supermercados criarem o Banco de Alimentos. Que atuaria no recolhimento de sobras de alimentos próprios para o consumo humano com fins de serem distribuídos em instituições de caridades ou para famílias carentes. Certamente seriam uma ações que teriam impacto positivo nas questões da fome e do desperdício de alimentos no Brasil.