É notório que a ergonomia segundo Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) “é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano” sobretudo é referenciada pela Organização Internacional do Trabalho – (OIT) “que consiste na aplicação das ciências biológicas em conjunto com as ciências de engenharia, para alcançar a adaptação do homem com o seu trabalho, medindo-se os seus efeitos em torno da eficiência e do bem-estar”. Dentre tantos fatores relevantes, destacam-se: a importância do Ministério do Trabalho; a Norma regulamentadora - NR 17 estabelecida pela portaria Ministério do Trabalho – MTE de n° 3.214/78; os riscos ergonômicos não esquecendo o respeito aos limites físicos, emocionais e psicológicos como elemento marcante. É necessário ressaltar que o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE é importante por ser, o órgão administrativo do Governo Federal, responsável em regulamentar e fiscalizar todos os aspectos referentes às relações de trabalho no Brasil. Para cumprir essa função, o MTE edita Normas Regulamentadoras (NRs), Instruções Normativas (INs), portarias, resoluções e entre outras espécies normativas. Dessa forma, as empresas que não cumprem com os regramentos trabalhistas podem ser penalizados, haja vista, que é atribuições do órgão federal a fiscalização em segurança e saúde do trabalhador bem como aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas. Cada sistema organizacional deve cumprir e fazer cumprir os regramentos normativos estabelecidos pelo governo brasileiro. Além disso, a NR 17 é estabelecida pela portaria n° 3214/78 do MTE, visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Visto que as condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho, Sendo assim, as Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Observa-se os riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença conforme especificado pelo ministério da saúde em 2017, principais riscos, estão: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. Podendo, provocar sérios danos à saúde do trabalhador, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, alteração do sono, doenças nervosas, taquicardia, problemas de coluna, entre outras. Dessa forma, para evitar que estes fatores comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de uma melhoria no processo de trabalho assim como ótimas condições no local de trabalho principalmente a modernização de máquinas e equipamentos e outros fatores. Sabe-se que todos temos limites que devem ser respeitados, sejam físicos, emocionais ou psicológicos. Quando uma tarefa exercida ultrapassa esses limites, é importante ficar atento para o que isso pode vir a causar. Ademais, Nos limites físicos, por exemplo, é mais fácil diagnosticar o problema, como sono, cansaço e algumas doenças específicas. Os limites emocionais e psicológicos, por outro lado, são um pouco mais complicados de serem constatados, pois variam de dia para dia e dependem do nível de estresse do indivíduo. Assim, os trabalhadores só são capazes de executar um bom trabalho com segurança se têm a capacidade de entender as tarefas, receber as informações e tomar as decisões acertadas sendo assim é preciso que tenham um ambiente de trabalho seguro e que permita a execução dos serviços de modo correto. Diante do exposto, a ciência ergonômica estuda a adaptação do trabalho ao homem atendendo suas características (subjetividades) físicos e mentais conforme especificado pela ABERGO e a OIT. Desse modo, gera maior segurança e bem estar a todos envolvidos no processo de trabalho, as contribuições dessa ciência devem ser identificadas na vida do trabalhador e na empresa, ou seja, melhorando a situação do trabalho pode-se criar um ambiente saudável que gera produtividade e qualidade de vida para o trabalhador refere-se à satisfação das necessidades da pessoa afetando atitudes pessoais e comportamentais, tais como: criatividade, vontade de inovar ou aceitar mudanças, capacidade de adaptar-se a mudanças no ambiente de trabalho e o grau de motivação interna para o trabalho, que são fatores importantes para a produtividade do indivíduo.