A nação brasileira, apesar dos avanços nas diversas áreas, enfrenta um cenário preocupante relacionado à fome. Nessa perspectiva, percebe-se que esse problema é algo histórico que vem se propagando na contemporaneidade. Aliado a isso, compreende-se a limitação da falta de alimento a uma classe menos favorecida, por esta se apresentar mais suscetível à péssima nutrição. Logo, é imprescindível a adoção de medidas que visem solucionar essa questão. Em primeira análise, a fome é condicionada por razões políticas. Nesse contexto, devido à inexistência de uma reforma agrária no país, a posse de terras concentrou-se apenas a uma elite específica, não ocorrendo uma adequada distribuição justa e igualitária. Além disso, os grandes empresários brasileiros não se preocupam com a agricultura sustentável, sendo esta importante para uma melhoria no fornecimento de alimentos para a população carente. Desse modo, tais fatores permitiram contribuir para o caos social vivido atualmente pelos subalimentados. Em segunda análise, pode-se observar que essa vicissitude está associada intrinsecamente à classe mais baixa. Nesse viés, como consequência da extrema concentração fundiária presente no país, a produção de alimentos ficou à mercê de um pequeno grupo que visa apenas interesses próprios, baseados na rentabilidade e lucrativamente das indústrias. Ademais, em virtude da falta de oportunidades de ascensão social, a insegurança alimentar grave atingia cerca de 2,1 milhões dos domicílios em 2013, segundo dados divulgados pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, muitas famílias são obrigadas a viverem com o pouco disponível, em razão da ausência de políticas públicas, resultando em uma péssima qualidade de vida. Por conseguinte, a Declaração Universal dos Direitos Humanos assevera o acesso adequado aos alimentos para todo o corpo social, fato este que não ocorre no Brasil por razões históricas e estruturais. Mediante tal situação, faz-se necessário que o Governo Federal crie um programa público baseado na reforma agrária que possibilite a distribuição de terras inativas às pessoas necessitadas, por meio de um controle rigoroso nas propriedades, visando evitar futuras fraudes e permitindo, assim, o acesso a locais cultiváveis para subsistência. Outrossim, compete ainda ao Estado a melhoria dos programas de proteção social já implantados, como o oferecimento de cestas básicas montadas, impossibilitando que gastos financeiros sejam realizados com a entrega do dinheiro. Diante disso, é possível que com todas essas realizações, o problema da fome no País possa ser enfim atenuado.