Observa-se, com a Revolução Verde, a intensificação da fome no Brasil, visto que, apesar do país possuir grande território agrícola, quase metade dessas terras está na mão de apenas 2% da população. Ademais a industrialização aumentou o desemprego, tanto no campo quanto nas cidades, o que agravou a situação da fome no país. É primordial ressaltar que o Brasil possui grandes latifúndios. Entretanto, essas terras estão mal distribuídas, o que intensifica a fome, dado que a agricultura patronal visa, sobretudo, o mercado externo. Desse modo, o mercado interno fica desabastecido e parte da população sofre sem ter com o que se alimentar. Contudo, segundo Mahatma Gandhi, “temos que nos tornar a mudança que queremos ver”, ou seja, antes de pensar em exportar, deve-se pensar em amenizar a fome do mercado interno. Outrossim, com a industrialização, as máquinas substituíram o trabalho manual e as pessoas perderam os empregos, posto que não havia mais a necessidade de grande quantidade de mão de obra. Dessa forma, parte da sociedade não tem como prover o alimento para sustentar a família. Todavia, isto contraria a Constituição Federal brasileira, a qual garante que todo cidadão tem direito a trabalho, saúde, alimentação e moradia de qualidade. Entende-se, portanto, a necessidade de combater a fome no Brasil. Logo é dever do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), juntamente ao Ministério da Agricultura (MAPA) atuar na redistribuição de terras e fomentar a agricultura familiar, por meio da desapropriação de terras improdutivas e facilidade de acesso a crédito de juros baixos aos agricultores familiares, a fim de diversificar a produção agrícola e mitigar a fome. Com isso, garantir-se-á o cumprimento do texto constitucional, o qual assevera o direito à alimentação.