A preocupação com a fome está presente na contemporaneidade do brasileiro. Considerando esse contexto, podem ser discutidos os fatores que fazem as regiões com os maiores índices de desigualdades sociais sofrerem de fome e o maior número de casos de fome nas zonas rurais. Pode-se, então, avaliar o quão relevante é esse assunto para a sociedade. Primordialmente, é preciso analisar o fato de regiões com a maior incidência de desigualdades sociais sofrerem com a fome, visto que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as regiões que mais sofrem com a fome são as regiões Norte e Nordeste e, coincidentemente, também são prejudicados com as desigualdades sociais. Sabendo disso, pode-se perceber que há a necessidade de criar políticas públicas que visem diminuir as desigualdades sociais. Além disso, faz-se necessário atentar para o crescente número de casos de fome nas zonas rurais em contraste com as zonas urbanas. Isso porque mesmo tendo em vista a extensão territorial do país, o qual apresenta um grande potencial agrícola, isso acaba por ser irrelevante, uma vez que existe uma concentração fundiária e de renda. Evidencia-se, então, a necessidade de uma reforma na estrutura fundiária do Brasil. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. O Poder Executivo e o Legislativo devem sancionar políticas públicas que visem a boa eficácia e administração dos recursos naturais do território brasileiro, a fim de evitar desperdícios e reduzir os índices de fome. Ademais, a União deve implementar uma reforma na estrutura fundiária brasileira, descentralizando a propriedade das terras para quem ainda não possui, assim, gerando uma maior concentração de renda e poder aquisitivo aos desfavorecidos.