"Ordem e Progresso". A bandeira do Brasil apresenta tais dizeres, evidenciando um pensamento positivista, o qual visa, ante tudo, ao desenvolvimento nacional. Contudo, alguns aspectos da estrutura do país são esquecidos, tais como o processo educacional, que não é concluído por muitos jovens, devido à fatores sociais e infraestruturais do território. Consoante Max Weber, as ações individuais são influenciadas pelo contexto histórico. De fato, a Revolução Tecnológica do século XX alterou a mentalidade popular, principalmente, dos mais novos. Com isso, a estrutura tradicional, desvinculada do aparato tecnológico, passou a ser mais questionada pelos indivíduos. Como exemplo, há o sistema de ensino que, por não usar as tecnologias de forma satisfatória, suscita o desinteresse dos discentes, corroborando a evasão escolar. Ademais, a Constituição Federal do Brasil é um exemplo do "Contrato Social" de Rousseau, pois garante diversos direitos aos cidadãos, como a mobilidade em território nacional e a educação. Entretanto, tais princípios não são, efetivamente, cumpridos, haja vista a política rodoviarista do país, desde 1950, que não prioriza o investimento em transportes coletivos. Logo, os alunos habitantes de áreas rurais e periféricas apresentam dificuldades em chegar ao centro estudantil e a completar o processo acadêmico. Infere-se, portanto, que o Brasil possui intempéries no âmbito educacional, devido à cultura vigente e às políticas públicas insatisfatórias. Destarte, para reverter esse quadro, é necessário que as instituições escolares, por meio das mensalidades, concedam cursos profissionalizantes ao corpo docente, com o intuito de incitá-los a implementar uma nova didática, utilizando as tecnologias disponiveis. Outrossim, o Ministério da Educação deve investir, com a verba governamental, em transportes públicos acessíveis e de qualidade, a fim de viabilizar a educação a muitos habitantes de regiões interioranas do país.