Tema: “evasão escolar”. O peso da enxada é maior que o da caneta. De acordo com o filósofo Pitágoras é indispensável educar as crianças para que não seja necessário puní-los quando adultos. Desse modo fica evidente a importância de assegurar educação a todas as crianças, visando a construção de uma sociedade menos desigual e violenta. Nesse sentido é primordial refletir acerca da evasão escolar no Brasil visto a grande quantidade de crianças fora das escolas. Dentre as causas da evasão escolar pontua-se o fator social e econômico desfavorável em que as famílias vivem, principalmente aquelas que moram no interior das cidades. As crianças dependem de transporte público para o deslocamento até a escola assim como de pais instruídos para que priorizem a educação e não o trabalho braçal. Talvez o Brasil por ter uma economia essencialmente agrária e que uma parcela da população viva no campo, possua problemas de logística envolvendo transporte. Outro fator relevante diz respeito ao fato de que adultos, situados nestas áreas, orientados pelos seus progenitores, passaram a diante a cultura do trabalho físico antes da educação escolar culminando em jovens analfabetos ou semianalfabetos. Segundo pesquisas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Brasil possui a terceira maior taxa de evasão escolar numa lista de cem países com maior índice de desenvolvimento humano. Diante disso é preocupante saber que muitas crianças estão fora das escolas, esse fato põe em risco o desenvolvimento intelectual e social das mesmas. Dentre as consequências desse fenômeno vale ressaltar o aumento da criminalidade em 51% nos estados brasileiros, segundo pesquisa realizada na USP. Outra consequência, porem positiva, revela a influência direta da educação no salário dos jovens, alunos que concluíram o ensino médio, e ainda com boas notas, tem acréscimo de 10% no salário final, diz estudo realizado pela Fundação ITAU. Portanto medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Primeiramente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deveria mapear as localidades rurais e suas famílias, fornecendo dados ao Ministério da Educação e municípios, para criarem mais escolas, em pontos estratégicos, com o propósito de evitar grandes deslocamentos até a mesma. Em segundo lugar demonstrar as famílias o quanto é necessário a educação escolar. Para isso seria fundamental desenvolver um currículo voltado para realidade especifica de cada região, visando profissionalizar os jovens a fim de aperfeiçoar técnicas como de cultivo da terra e agronegócio.