Título da redação:

Fora da escola não!

Tema de redação: A questão da evasão escolar no Brasil

Redação enviada em 10/05/2017

A questão escolar no Brasil não é um tópico atual. A importância da educação foi salientada quando, na Era Vargas, criou-se o Ministério de Saúde e Educação. Além disso, a Constituição brasileira de 1934 já previa que a educação é um direito de todo brasileiro, assim como a Constituição vigente nos dias atuais. Contudo, o abandono da escola pelos estudantes e os motivos que os levaram a isso são temas que merecem discussões na sociedade. A evasão escolar ocorre quando o aluno deixa de frequentar as aulas, definitivamente, antes do fim do ano letivo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, 40,3% dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos pararam de estudar por falta de interesse, sendo esta a principal causa do problema. Tal desinteresse acomete os alunos pois o sistema educacional brasileiro continua praticamente o mesmo desde o início do século XX. Dessa forma, as escolas dispõem apenas de aulas sem muita contextualização, pouco dinâmicas, nas quais, quase sempre, o professor fala e o aluno ouve. Além disso, outro fator que merece destaque é a parte econômica. Segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), dos quase 1,73 milhão de jovens entre 15 e 17 que se encontravam fora da escola, cerca de 30,2% deles já realizavam algum tipo de trabalho. Essa questão tem ligação direta com o nível de pobreza das famílias. Ademais, fica evidente a falta de fiscalização por parte de órgãos governamentais, pois o trabalho infanto-juvenil é proibido, exceto quando é na condição de aprendiz; todavia, para o mesmo, o jovem deve frequentar a escola. Em virtude dos fatos mencionados, portanto, faz-se necessária a tomada de medidas para resolver o impasse. Para isso, cabe às escolas buscar novas formas que estimulem a permanência, como inserção de dinâmicas nos intervalos e aulas interdisciplinares na grade curricular. Outrossim, devem ser realizadas ações conjuntas entre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e órgãos fiscalizadores para combater o trabalho infanto-juvenil ilegal que substituiu o ambiente escolar. A partir dessas providências, então, o Brasil poderá ser, talvez, um país que insere cada vez mais crianças e jovens no sistema educacional.