Título da redação:

Evasão escolar: um problema negligenciado

Tema de redação: A questão da evasão escolar no Brasil

Redação enviada em 23/04/2017

No Brasil hodierno, a evasão escolar juvenil é uma problemática recorrente e bastante negligenciada. Com um ensino enciclopédico, carente de rigidez, disciplina e com alunos sem base educacional familiar, o índice de evasão estudantil brasileiro é um dos maiores da América ocidental. Dados recentes indicam que o desinteresse por parte da juventude é o principal motivo da evasão à escola. O sociólogo Max Weber, dedicou parte de sua vida acadêmica a análise dos fins que ocasionam ações, fenômeno nomeado de ação social. No tocante à vocação, o jovem brasileiro carece de objetivo. A escola, sujeito a base curricular comum, falha ao apresentar erroneamente a profissão que o estudante poderá ter se estudar. Há apenas conversa, sem contato direto do estudante com a universidade ou futura profissão. Destarte o desinteresse, são comuns, nas periferias dos centros metropolitanos e nos interiores das unidades federativas, as relações sexuais precoces, prostituição, trabalho infantil e carência de qualidade de ensino. Esse contato prematuro com os fatores citados é intensificado com o tempo, e não há agente social para auxilia-los. Essa realidade é coercitiva, geral e exterior à infanto-juventude, e dificilmente é alterada. Desta forma, é notável a pluralidade de fatores que levam à evasão escolar. Por ser uma totalidade de problemas ainda indiligente, há uma enorme carência de ações estatais, familiares e privadas. Dito isso, uma ação eficaz para incentivar os estudantes pertencentes a porcentagem do desinteresse seria incursões para universidades, consultórios médicos, escritórios de advocacia, contabilidade, etc. O contato direto com o ambiente universitário e com uma futura profissão é essencial para despertar a vontade no aluno, dar finalidade ao seu esforço. No tangente ao Estado, como diz a Constituição Federal in vogga, todo ser humano possui direito à vida digna e à educação. Construir mais unidades de ensino público, promover uma seleção mais rígida de professores para educar, e psicólogos para tratar os que sofrem de problemas no âmbito familiar mais grave. A contratação também de assistentes sociais é fundamental para uma verdadeira mudança e combate à exploração infanto-juvenil. Desta forma, há uma real possibilidade de se modificar a realidade semiperiférica do ensino brasileiro.