Seja por falta de interesse ou por possuir responsabilidades para com a renda familiar, é notório que diversos jovens e adolescentes acabam largando os estudos, e só descobrem as consequências deste ato no futuro, quando muitas vezes já é tarde demais. Segundo dados divulgados pela Organização Todos pela Escola, cerca de 40% dos que abandonam o meio escolar o fazem por simples desinteresse e, inconscientes do fato de que cada ano adicional na escolaridade aumenta em média 12% sua renda futuramente, acabam causando suas estagnações em uma classe social mais baixa. O grande problema do que foi mencionado anteriormente é que há uma relação direta entre a escolaridade do filho e do pai, já que quanto melhor for a educação daquele, maior o incentivo para que este estude (ou ao contrário). Consequentemente, as pessoas que saíram da escola comprometem indiretamente a vida de seus sucessores, gerando um ciclo vicioso. Obviamente há muitos casos em que é imprescindível para as famílias que o adolescente contribua trabalhando, este que é um dos principais motivos para a evasão escolar pelos jovens. Contudo, o tal ciclo continuará se repetindo e, sem incentivos, dificilmente conseguirá se extinguir, dificultando a ascensão para uma vida melhor por parte de pessoas presentes em uma classe social mais baixa. Logo, é de caráter importantíssimo o aumento do investimento em educação por parte do governo. Entretanto, criar programas de conscientização em relação à educação que cheguem até as camadas mais baixas seria tão efetivo quanto para melhorar a vida do cidadão médio brasileiro.