Ao decorrer da história, é cognoscível que o nível de instrução dos indivíduos foi fator preponderante para desencadear revoltas, e assim, as sociedades puderam evoluir. Diante disso, no século XIX, na Era Napoleônica na França, Napoleão Bonaparte incentivou o desenvolvimento educacional e superou a crise do país. Já no Brasil contemporâneo, é evidente o sucateamento das instituições de ensino, bem como o distanciamento da relação entre aluno e professor, contribuindo incisivamente no processo de evasão escolar. É perceptível, em território brasileiro, que as mazelas que o aflige são estimuladas pelos “déficits” na educação. Devido à baixa remuneração e o ambiente em estado de calamidade, os professores trabalham desmotivados, transformando um instrumento de solução social em um embargo, o que torna as instituições, locais de repulsa quanto aos alunos. Segundo o PISA, Programa Internacional de Avaliação de estudantes, quando pais e educadores participam de forma ativa no processo educacional dos indivíduos, estes tendem a se sentirem inseridos, diminuindo os índices de abandono escolar. Logo, é notório que, além de fatores particulares, a evacuação dos educandos é consequência de uma má administração que vai desde políticas públicas até questões trabalhistas. Além do desentusiasmo de pedagogos, os estudantes têm que lidar com a prática do “bullying”, as más condições infraestruturais e o difícil acesso. Diante de tantos empecilhos, o discente vê como solução o ato de abdicar do conhecimento a ser adquirido. Com isso, ocorre o aumento dos índices de gravidez precoce, de violência e do tráfico de drogas, uma vez que sem um diploma, ingressar no mercado de trabalho fica incerto. Com o aumento desses indicadores de infortúnio, o governo se vê obrigado a investir em ações remediativas, que não solucionam a problemática permanentemente, retirando investimentos de outros ramos, incluindo o educacional. Dessa maneira, desencadeia-se um processo em cascata e verifica-se que, se as prioridades não forem reformuladas, a problemática perdurará. Destarte, é indubitável que se não houver a correção no âmbito educacional, a sociedade entrará em colapso. Assim, faz-se necessário que reformas trabalhistas sejam aplicadas, nas quais em sua formulação, interajam os órgãos competentes e docentes, a fim de criar uma legislação justa. Cabe ao Ministério da Educação, de acordo com a disponibilidade, aumentar o teto de investimento em infraestrutura e em projetos lúdicos, como aulas de violão e futebol, tornando as instituições polos atrativos de alunos. Dessa forma, o corpo social se aperfeiçoará, como postulou o Filósofo Kant.