Segundo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Desse modo, a educação deveria ser a maior prioridade para a maioria dos brasileiros, visto que é algo imprescindível para a obtenção de conhecimento. No entanto, no Brasil, esse ideal não se aplica, já que a evasão escolar ainda é um entrave a ser combatido. Analisar as causas do problema é o primeiro passo para reverter esse quadro. Em primeiro lugar, é impossível negar quão benéfica é a educação para a construção do ser. Ter um bom grau de escolaridade não é apenas benéfico para se ter um bom emprego e um melhor salário, mas também para se ter conhecimento e com ele poder transformar o seu meio, a sua vida e até a sociedade na qual estamos inseridos, associado a outros fatores como um bom sistema de saúde e atendimento às necessidades básicas de uma nação. Assim, podemos concordar com Paulo Freire quando disse que sem a educação a sociedade não muda. Dessa maneira, a evasão escolar não deveria ser um problema tendo em vista tantos benefícios oferecidos pela educação. Entretanto, o desinteresse e o pouco estímulo ao estudo são grandes fatores aliados à evasão escolar. Dados evidenciam isso ao mostrarem que quase metade dos adolescentes de 15 a 17 anos estão fora da escola. Muitas vezes esses jovens não são incentivados a irem a escola e sim obrigados pelos pais ou responsáveis, o que gera a falta de vontade e até o não saber da imensa importância dos estudos. Aliado a isso, o projeto pedagógico quase ultrapassado da forma de ensinar já não agrada mais a todos, posto que é pouco estimulante frente a tantas tecnologias e novas formas de se estudar que encontramos atualmente. Nesse sentido, a escola deve buscar se adaptar às mudanças para reverter a evasão dos alunos. Fica claro, portanto, que a educação é extremamente significativa, mas não há o seu pleno aproveitamento. Nesse contexto, o Governo, através do MEC, pode criar projetos de reinserção dos que estão afastados e manutenção dos que estão ativos por meio de gincanas educativas que estimulem o ato de gostar de estudar nos alunos com premiações àqueles que conseguirem finalizar os estudos e evoluir como alunos e pessoas, Além disso, a própria sociedade, em especial os jovens, devem ter uma consciência firme e centralizada de que, na maioria dos casos, a educação é a melhor forma de transformar suas vidas, tomando posse de todo conhecimento disponível e aproveitando ao máximo as oportunidades. Talvez assim poderemos amenizar a erradicação escolar no Brasil.