Desde o início da terceira revolução industrial até hoje, a qualificação da mão de obra é cada vez mais procurada por empresas que buscam uma produção cada vez mais acelerada e eficiente. Entretanto, no Brasil, a evasão dos estudantes das escolas mostra dados preocupantes, onde cerca de 6% dos estudantes do país, segundo o PNAD, estão fora das salas de aula. Com isso, a qualificação e a qualidade de vida desses indivíduos, quando desvinculadas de suas famílias, podem estar comprometidas. Em primeiro lugar, deve-se considerar a condição socioeconômica das famílias desses jovens, que na maioria dos casos, são núcleos desestruturados. A falta de escolaridade dos pais torna-se muitas vezes um reflexo na vida dos filhos, que sem estímulos, acabam por abandonar a escola e inserirem-se precocemente no mercado de trabalho, visando ajudar financeiramente a sua família. Contudo, uma vez que esses adentram sem nenhuma qualificação profissional passa a receber baixos salários e uma jornada de trabalho exaustiva, que poderão, em um futuro não distante, ser trocados por profissionais mais especializados, tendo em vista a crescente utilização de máquinas. Além disso, a falta de escolaridade acaba levando os jovens, em muitos casos, a seguir os caminhos do crime, que por promoverem uma rápida ascensão social, acaba atraindo-os para um mal que acomete o país. Segundo dados do Conselho Nacional de Educação (CNE), 66% dos presidiários do Brasil não concluíram o ensino fundamental. Entretanto, o índice cai no ensino médio, onde esse número chega a 8%. Com isso, é perceptível a importância da educação na formação ética e moral do indivíduo para com a sociedade. Fica claro, portanto, que a educação é necessária no processo de construção social do indivíduo. Com isso, partindo-se do pensamento do educador Paulo Freire de que sem a educação a sociedade não muda, a escola deverá atuar na família, promovendo debates e mostrando a importância do incentivo à educação, a fim de promover ascensão social e econômica no futuro, para que os seus filhos possam viver bem em sociedade. ONGs como Amigos da Escola passaria a atuar incentivando jovens em condições de vulnerabilidade, auxiliando com bolsas, a fim de mantê-los na escola. Com isso, será possível estruturar os jovens do país e coloca-los no caminho da sabedoria.